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Entrevista Avenged Sevenfold para a Metal Hammer – Parte III

Na terceira parte da matéria do Avenged Sevenfold para a Metal Hammer, eles falam sobre as turnês, a opinião das pessoas sobre a banda desce o inicio e mais! Clique em Ler Mais para conferir a tradução da última parte.

Para ler a parte I – clique aqui.

Para ler a parte II – clique aqui.

Créditos: Mateus Laino pelos scans.

NASCIDOS PARA SEREM REIS 

 

Mesmo em 2003, o Avenged Sevenfold estava pronto para ganhar o mundo…

 

Quando a Hammer falou pela primeira vez com o Avenged Sevenfold, quase 10 anos atrás, era imediatamente aparente que a banda tinha tanto a ambição quando a confiança requerida para buscar sonhos dessa intensidade.

“Sempre olhamos para uma banda como Pantera, ou Megadeth, ou Metallica,” nos disse M.Shadows. “Tudo que cresce no metal e fica no topo começou do underground e nós estamos decididos a fazer turnês até não poder mais e fazer isso até que as pessoas prestem atenção na gente.”

Surfando numa onda de ovação e excitação gerados pelo sucesso de seu segundo álbum, Waking the Fallen, os caras do Orange County já tinham se protegido contra o massacre de cinismo e críticas e estavam preparados para dividir opiniões. Uma década depois, suas levadas musicais foram mais do que justificadas pelo sucesso comercial de Hail to the King.

“Sabíamos desde o começo que se as pessoas não tivessem uma opinião forte a nosso respeito, então isso nunca seria algo especial.” disse o vocalista, lá em 2003. “A maior parte das maiores bandas do mundo, você ou as ama ou as odeia, e nós nunca quisemos ser diferentes disso. Mesmo que alguém viesse até mim depois de um show e dissesse, “Aquilo foi uma merda! Que merda você acha que tá fazendo!?”, eu iria embora feliz, porque aquilo teria forçado nele uma reação e ele sempre se lembraria de nós.”

E aqui está uma coisa que você deveria saber sobre shows nos Estados Unidos: de um ponto de vista de frequentador de shows no Reino Unido, pode parecer que os poderes (em relação às casas de shows) estão determinados a fazer tudo a seu alcance para impedir que o público se divirta. Não há moshpits. Não há stage divers. Você não pode se espremer até a grade, a não ser que tenha um ingresso especial. Você não pode colocar sua namorada nos ombros. Você não pode nem mesmo comprar uma cerveja para você e seu amigo, sem que vocês dois fiquem na fila e cada um de vocês apresente suas identidades. Em determinado momento desta tarde, o produtor da turnê foi informado que se o Avenged Sevenfold passar mesmo 10 segundos do limite de tempo do show, o som será cortado. É na verdade, um sistema imensamente controlado. E para que uma banda de rock consiga transformar toda essa esterilidade na melhor noite da vida de alguém, é requerido um altíssimo nível de comprometimento, para não falar heroísmo. Se o metal tem um futuro de verdade num país onde foi marginalizado e quase completamente abandonado por rádio, TV e a imprensa mainstream, shows como este são imensamente importantes.

E de verdade, essa é uma produção genuinamente emocionante, gloriosamente dramática; uma revolta de chamas que põem fogo em Atlanta, seguindo excelentes e bem recebidos sets do Ghost e do Deftones. O momento chave desta noite ocorre antes de Welcome to the Family, a terceira música do set do Avenged Sevenfold, quando M.Shadows pede que aqueles que estão assistindo sua banda pela primeira vez levantem suas mãos… e mais da metade do público faz isso. Na verdade, a quantidade de pessoas presentes esta noite não é tão impressionante – no máximo 60% da casa de show está cheia – mas a conexão entre a banda e seu público é inegável e inspiradora. Significativamente, está em suas músicas mais novas, da abertura com Shepherd of Fire através da levada “panteresca” da canção que dá nome ao álbum, ao groove inspirado no Metallica de This Means War, até Requiem, que deixa todos de queixo caído. É aí que a conexão se mostra mais forte. Shadows dedica Fiction, ao falecido baterista, The Rev, dizendo “Está foi a última canção na qual Jimmy cantou. Ele será parte dessa banda para sempre” enquanto montagens de fotos do falecido amigo surgem nos telões que flanqueiam o palco. Quando Bat Country fecha o set, sendo ovacionada, é difícil pensar em como esse show poderia ser melhorado em termos de drama e dinâmica, palco e espetáculo, como vocês certamente verão, quando o quinteto vier até nós, este mês.

“Nenhuma outra banda de metal está fazendo o que nós estamos,” afirma Shadows, confiante, enquanto abraços pós show e toques de mão são trocados num camarim cheio de contentamento. “Nós todos ouvimos pessoas em bandas, que eu não vou dar publicidade, gritando com toda a força de seus pulmões, reclamando, mas fodam-se os haters. Pessoas sabem que vão conseguir mais atenção falando merda sobre a gente e se esse é o jeito que eles querem tocar suas bandas, tudo bem, mas não é o que nós faríamos. Nós saímos de casa e quebramos tudo toda noite e você pode ver o que isso significa para as pessoas.”

“Nós queremos fazer as coisas do jeito certo,” acrescenta Synyster Gates. “Nós somos sortudos de sermos parte de um gênero único e estamos lutando pelo metal, pelo renascimento da música que amamos: nós acreditamos nisso e ver milhares de pessoas saindo de casa para um show em que colocamos alma e coração é simplesmente incrível. Não estamos inseguros sobre isso. Nós sabemos o ponto em que estamos, mas todos nós sabemos que ainda há muito mais pela frente. E eu quero levar todo mundo comigo pra dar esse passeio.”

 

UM EM UM MILHÃO

 

Quando o Hail to the King debutou como número 1 nas listas dos EUA e do Reino Unido, simultaneamente, em agosto, o álbum se tornou um dos poucos álbuns de metal que atingiu essa marca neste século.

O Black Sabbath conseguiu um topo de listas simultâneo com o álbum 13, deste ano, mas antes disto, você tem que voltar até 2008, pra encontrar o Metallica atingindo esta marca com o Death Magnetic e o AC/DC fazendo o mesmo com seu 14º álbum de estúdio, Black Ice.

Apenas mais uma banda de metal pode se incluir nessa lista de feitos históricos: O Chocolate Starfish and the Hot Dod-Flavoured Water, do Limp Bizkit, esteve no topo das listas dos dois lados do Atlântico em outubro de 2000.

Tendo o The Final Frontier do Iron Maiden, debutado como número 1 em incríveis 28 países no verão de 2010, o álbum apenas atingiu número 4 nos EUA. Algo pra se mirar para uma próxima vez, quem sabe…

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