A revista Metal Hammer fez um especial ao Avenged Sevenfold na sua edição de número 310, com 21 páginas. Na oitava parte, Johnny Christ comenta como foi participar pela primeira vez da composição de um álbum e o que faria se o Avenged chegasse ao fim. Confira tradução:
O BRINCALHÃO
JOHNNY CHRIST NÃO SE TORNOU APENAS UMA PARTE VITAL DA COMPOSIÇÃO DO AVENGED – ELE TAMBÉM É O INTEGRANTE BRINCALHÃO DA BANDA
Durante a pausa da recente turnê européia do A7X, os fãs notaram umas coisas estranhas acontecendo no palco, quando o fone de ouvido do Synyster parou de funcionar. Ou foi o que perceberam quando o guitarrista notou repentinamente que seus vocais estavam aparecendo em chiados agudos e estridentes. Seu alarme de parar o peito parou rapidamente, no entanto, ele olhou para o palco e viu Johnny Christ rindo incontrolavelmente. “Eu tinha o som do microfone vocal que o cara colocou no fone de ouvido dele com um mixador”, explica Johnny, “isso o fez parecer um esquilo cantando para si mesmo”. Ainda rindo ao descrever a cena, Johnny diz: “Somente ele ouviu. Bem, a banda foi à única que ouviu – o público não estava ouvindo – mas ninguém mais sabia o que estava acontecendo, então ele estava esquisito, rindo e depois ficando bravo… Não poderia ter reação melhor.”
Foi apenas um dia de trabalho para o baixista brincalhão integrante do Avenged – um papel que Johnny ocupa alegremente por anos. “Se fôssemos uma família, eu seria o irmão mais novo. Eu cresci como o irmão mais novo antes mesmo de estarmos em uma banda. Brian (Syn) e Jimmy (The Rev) costumavam vir para a minha casa quando éramos pequenos porque eram bons amigos de um dos meus irmãos mais velhos. Normalmente, um dos meus irmãos estaria brigando ou gritando comigo. Essa coisa clichê. Eu sou o irmão mais novo e gosto de causar merda. Eu admito. Ha ha! Eu tenho que entrar no clima. Eu gosto de encher o saco das pessoas as vezes, só para ter uma chance de ficar longe delas. E eu sou conhecido por fazer algumas brincadeiras …
Com roupas escuras, sobrancelhas franzidas e, muitas vezes, ostentando um moicano, Johnny passa de uma figura nervosa, a uma pessoa amigável pra caramba, extremamente educado e divertidamente discreto. Como o resto dos rapazes, ele nasceu e cresceu em Huntington Beach, onde agora mora com a esposa e o filho de um ano – não muito longe de seus colegas de trabalho. “Estamos a poucos passos do resto dos caras”, explica ele. “Eu ando para o centro de Huntington Beach com o Brian o tempo todo. Nos encontramos na casa do Matt, que fica a 10 minutos a pé. Estamos todos a 10 minutos a pé um do outro aqui em Huntington. Essas coisas são difíceis de acontecer.”
À medida que a banda expandiu sua visão para atrair influências mais diversas, os caras assumiram novos papéis a cada lançamento. Em Hail To The King, Johnny assumiu um papel mais ativo nas composições. “Hail … foi o álbum que comecei a fazer mais parte das composições, no último álbum eu estava rodando as ferramentas profissionais o tempo todo enquanto estávamos na casa do Brian, fazendo pequenas produções. Somente conduzindo as músicas e tentando algumas coisas. ”
Hoje, qualquer um dos garotos lhe dirá que uma das chaves para a longevidade é compensar uma turnê agressiva com tempo suficiente para relaxar e recarregar. Fora da estrada, quando não está com a família, é provável que você encontre Johnny pilotando algumas das lendárias ondas de Huntington Beach – embora ele seja o primeiro cara a dizer que ele está muito longe da Liga Mundial de Surfe. “Na verdade, sou um surfista horrível, mas gosto disso porque me acorda de manhã e me faz sair com alguns amigos”, diz ele. “É bom entrar no oceano e naquela água salgada. É aí que eu recarrego e me sinto bem. Você realmente se energiza, é outra coisa que eu gosto nisso”.
Com uma ampla paleta sonora que vai de Rancid (ele é um grande fã) ao jazz e ao clássico (porque ele ouviu falar que é bom para o filho), ele está ansioso para começar a próxima fase de composição e ver quais sons surgirão no processo. “Todos nós temos gostos muito ecléticos e gostamos de tirar ótimas músicas que vieram antes de nós e de grandes compositores e outras fontes de inspiração. Acho que sempre tentamos nos desafiar em todos os álbuns. É isso que faz com que seja divertido.
Se a banda de repente acabasse um dia, nos perguntamos o que ele faria com ele mesmo. “Oh droga, cara. Boa pergunta. A música está no meu sangue desde que eu era muito jovem. Meu pai é um metaleiro e minha mãe gosta de pop e eu amo os dois. Eu realmente amava a música que estava sendo tocada na van do meu pai. Então não consegui ver muitos caminhos diferentes. É praticamente só música para mim. ”Talvez você tenha uma chance de surfar profissionalmente? “Ha ha! Eu não acho que isso está no meu futuro. ” Ele diz. “Eu poderia tentar a Pro Surfing Tour por um tempo e tentar fazer amizade com alguns dos caras, mas eu não acho que eu estaria em qualquer tipo de competição.”
Ao ler os perfis de celebridades, os escritores muitas vezes se perguntam sobre o que o assunto parece ser de uma maneira que pode parecer artificial ou inautêntica. Mas com Johnny, esse é exatamente o ponto. Ele viajou pelo mundo, entreteve milhões de fãs e incluiu os caras do Metallica entre os amigos. No entanto, através dos níveis surreais de sucesso, o baixista, pai e amigo mantém uma perspectiva equilibrada sobre sua fama. “Eu realmente não penso muito nisso. Eu moro no mesmo lugar desde que eu tinha quatro anos. Eu tenho a mesma família e os mesmos amigos que eu tive na escola primária, e nós ainda saímos de todas as vezes que podemos. Mas às vezes você tem que se tocar e viver no momento e entender que tem sido algo muito especial. Ao mesmo tempo, tento não insistir nisso e permanecer o mais humilde possível com meus amigos e familiares. E é fácil para mim, por ser o irmão mais novo, sou facilmente humilde. Hahaha!
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