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Synyster Gates comenta o álbum Hail To The King

A Music Radar entrevistou Synyster Gates sobre o novo álbum Hail To The King. Nela, o guitarrista descreveu música por música.

O novo álbum do Avenged Sevenfold, Hail To The King, é corajoso e revelador e tem todos os requisitos para ser um sucesso desenfreado: uma abundancia de riffs panorâmicos, ritmos enormes, bravos vocais, uma narrativa afetuosa que deixa tonto e um épico e sustentado ruído construído para verdadeiros alto falantes e não fones de ouvido. Com tantos momentos por trás, é surpreendente aprender que os membros da banda – os guitarristas Zacky Vengeance e Synyster Gates, vocalista M.Shadows, baixista Johnny Christ e o novo baterista Arin Ilejay – decidiram que a melhor maneira de colocar sua música para frente é dar uma olhada para trás.

Confiram a matéria completa clicando em

“Nós passamos muito tempo ouvindo bandas como Black Sabbath, AC/DC e Led Zeppelin,” diz Gates. “A ideia era ter um álbum audacioso onde as músicas seriam dirigidas para grandes grooves e um som gigante da bateria. Nós queríamos combinar o ritmo clássico com um bem moderno, filosofia progressiva.”

Mas enquanto a reinvenção musical pode ter sido criativa de um dia para o outro, de uma maneira muito significante, o Avenged Sevenfold não teve outra escolha senão se tornar uma banda diferente: O Hail To The King é o primeiro disco sem o membro fundador e baterista The Rev, que faleceu em 2009 e não teve nenhuma participação no álbum.

Perguntado para descrever como o novo integrante, Arin Ilejay, aceitou o desafio de fazer seu álbum de estreia com a banda, Synyster diz: “Ele brilhou demais. Pegou o feeling da música e seu poder. Foi seu primeiro disco grande, mas, por sorte, ele tocou em muitos shows conosco antes de gravar, então ajudou a espantar o nervosismo. Não foi algo de uma vez só, ele foi capaz de explorar as músicas, entrar nelas e fazer com que soassem perfeitamente.”.

Ilejay ajudou a mudar o novo curso da música durante as composições e a masterização. “Como foi um álbum com riffs orientados, nós nos aprofundamos por uns dias para termos certeza que tínhamos algumas coisas atraentes para os ouvidos.” diz Gates. “Então um de nós poderia sentar na bateria e reproduzir. Todos nós sabemos tocar um pouco bateria, mas certamente não estamos no nível do Arin, então ele veio e nos mostrou o que um baterista de verdade é capaz de fazer e como iria soar quando as músicas fossem tocadas. Ouvindo ele nos fez falar: ‘hm, esse riff pode ficar melhor’ e ‘Wow, isto é demais! Nós temos definitivamente a base de uma música com isso.”

O produtor Mike Elizondo (Dr. Dre, Maroon 5, Mastodon), que trabalhou com a banda em 2010 no Nightmare, voltou para o novo álbum. O versátil fazedor de hits alcançou a banda enquanto já estavam reduzindo o som, tornando mais direto sem sacrificar os nuances e, de vez em quando, adicionando alguns elementos como um coro no inicio aqui e um arranjo de corda ali. Ele tem uma natural sensibilidade.

“O Mike deu à banda um norte quando precisávamos,” diz Gates, “suas noções de musicalidade e conhecimento de orquestra são muito valiosos naquilo que ele contribui com muitas cores e texturas para a música.” E ele completa: “E mais, ele é um cara legal de sair junto. Isso sempre ajuda.”

 

1/10: Shepherd of Fire

“Nós intencionalmente escrevemos ela como uma faixa introdutória. A ideia era que o arranjo pudesse evocar um sentido de imagens como uma tribal e ainda primordial bateria. Parece ressoar do inferno. É algo como um chamado do apocalipse.”

“Eu amo os arranjos. Nós queríamos montar um álbum e pressupor o que estaria por vir, fazendo isso com uma base groove, com riffs orientados. Nós não fizemos exatamente o estilo do Led Zeppelin ou os riffs do Black Sabbath antes, então esta é nossa versão de um álbum que vai além das linhas.”

 

2/10: Hail to the King

“Eu venho tocando muito gypsy jazz – Django Reinhardt e alguns outros – então, para a introdução, eu meio que peguei essa técnica e apliquei ao metal. Isso direcionou uma nova dimensão muito legal que eu nunca havia escutado antes no rock.”

“Todo o solo é baseado no blues, com algumas pequenas mudanças. Eu gosto de quando transfere para um sentimento magnificente, que se alinha com a letra. Muitas pessoas ficam confusas e acham que um som neo clássico, mas na verdade é gypsy jazz.”

3/10: Doing Time

“Esta foi uma sugestão do Mike Elizondo. Ele estava ouvindo um tipo de vocal baixo, swagg-based, um tipo de quintessência dos anos 80 ou 90, mas com uma aproximação muito moderna. É um feio que nunca para.”

“Para esse som, e na verdade todos os outros, eu tentei alinhar com a música em vez de ser analítico sobre o que eu estava fazendo. A coisa que eu mais queria é que as músicas influenciassem minha forma de tocar  e não eu impondo minha assinatura na música.”

 

4/10: This Means War

“Nós queríamos que fosse muito impactante, uma introdução de riff, mas também que lidasse com harmonia. É muito legal como cabe dentro da batida lenta da música e com as marteladas também.”

“Essa música se tornou uma de minhas favoritas. Eu venho curtido muito observar as pessoas ouvirem ela porque casa muito bem com o álbum. Quando eles escutam, começam a se mover e não param. Às vezes, com músicas mais progressivas, você perde essa cota ao longo do caminho, mas em This Means War, nunca acaba. A energia está sempre lá.”

“Todos os meus inicialmente foram improvisados, então eu começo a me orientar para ver o que sai; Eu estava ouvindo algo caótico na introdução e uma metralhadora disparando soaria mais melódica.”

5/10: Requiem

“O coro no começo é ótimo. Eu estou muito animado sobre como essa musica saiu. Nós queríamos que a base fosse uma banda de metal aproximado à uma instrumentação clássica.”

“ O vocal do Matt é mais como um líder violinista nós colocamos em camadas cada elemento com muito cuidado e o resultado é uma das maiores faixas cinematográficas do álbum.”

“O solo é divertido. Eu não faço muito o efeito com o pedal, mas eu me divertido muito fazendo isso. Então deu uma outra dimensão e tons, um pouco de vida nova.”

6/10: Crimson Day

“Tem uma clássica guitarra elétrica na abertura e não é acústica. Não teve microfones na parte da guitarra, só os amplificadores. É um dos meus tons limpos favoritos.”

“Na verdade, nós tropeçamos acidentalmente nela. Teve alguns segredos para consegui-la, principalmente porque ela tem uma guitarra barítona com um capo (sei o que é, mas não consegui uma tradução pra isso) então eu pude tocar abertamente e padrão. Ela tem um som surreal, rico e brilhante. Sério, eu estou muito orgulhoso sobre como saiu.”

“Nós queríamos que a música tivesse uma bateria absurda e fosse uma balada épica. Tem uma vibe sombria, mas não te deixa triste para caralho quando escuta. Nós ouvimos muito Elton John, um pouco das baladas do Ozzy Osbourne, e um pouco de Led Zeppelin. Na verdade, a letra é inspirada em meu sobrinho, então a música tem um significado muito pessoal para mim.”

7/10: Heretic

“Essa provavelmente foi a primeira música que escrevemos para o álbum, então tem uma volta ao antigo e tradicional Avenged. É um pouco progressiva, mas nós quisemos manter um espaço no arranjo para dar destaque à bateria e para os riffs e vocal respirarem.”

“É um ponto muito importante porque a gente tende a preencher coisas com harmonias de uma guitarra, da voz e das coisas vantajosas indo e vindo. Deixando uma sensação no ar da grande diferença sobre como as partes se destacam.”

Tem muita guitarra, entretanto, grandes momentos. Se você não é um grande fã de batidas, e se não é deveria ser, ainda tem um pouco de elementos progressivos. Então essa música é uma mistura e que funcionou muito bem.”

8/10: Coming Home

“Foi outra sugestão do Mike. Ele queria que nós fizéssemos algo otimista, mas nós quisemos ter certeza que não ficaria artificial, nós já fizemos músicas otimistas antes e às vezes as coisas ficam muito fofas e doces. Nosso objetivo era ter algo escuro, mais sério, que pudesse se perder conforme aumentasse conforme o andamento.”

“É muito aventureiro, mas mantém a vibe animada. Tem uma ótima bateria nela e eu estou muito contente com o trabalho das guitarras. O solo é grande. Em vez de fazer uma ponte com a voz, nós decidimos fazer uma em que a guitarra tomasse o lugar. Eu acho que coube bem com as imagens da letra, o que é muito pessoal, mas ainda apresentado de uma maneira que as pessoas podem relacionar. As palavras são muito “histórias contadas”, preocupando com a viagem e o esforço, mas não necessariamente preocupado com o presente momento. A guitarra vai de mãos dadas com tudo isso.”

9/10: Planets

“Para mim, as duas últimas músicas, além de serem minhas favoritas, fizeram o melhor final de um disco que a gente já fez. Na letra, Planets é a percussora de Acid Rain. É sobre uma Guerra intergaláctica de meteoros que resulta em um apocalipse e a espécie humana se alinhando para lutar por algo muito maior que nós, nossas próprias experiências e sofrimentos.”

“Musicalmente, essa música foi incrivelmente difícil de compor. Os elementos da dissonância, tensão e resolução. Nós queríamos ter aquele atrito ao longo dela, mas ainda deveria ser saborosa. Não era para parecer com Panderecki ou Stockhausen. Tinha que estar relacionado e conectado.”

“Nó realmente trabalhamos duro nessa faixa, mas ela saiu ótima. Eu estou muito animado com isso.”

10/10: Acid Rain

“É um jeito legal de finalizar um disco, não é uma balada típica, não é leve ou doce também. A música leva você à um lugar emocional, especialmente se prestar atenção na letra, que foi uma das melhores que o Matt já escreveu.”

“A música trata sobre chegar à realização que você perdeu a batalha, mas que pelo menos você é uma pessoa especial que importa. É algo como uma história de amor apocalíptica, o que é muito único para nós.”

 

 

 

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