Kerrang!: “Avenged Sevenfold – A Grande Entrevista”

A revista britânica Kerrang! fez uma (grande) entrevista com M.Shadows na qual falaram sobre Carry On, bastante sobre o novo álbum e um pouco do futuro da banda. Confira a tradução abaixo (cliquem em Leia Mais para visualizá-la completa)

K: Como estão as coisas no mundo do Avenged Sevenfold?

MS: Tudo está bem, cara. Estivemos ocupados em criar algumas músicas para esse novo álbum. Estamos um tanto quanto ocupados com todo esse negócio do Call Of Duty, mas na verdade, nosso foco agora vai todo para o álbum que está por vir.

K: Qual é a historia de “Carry On”? Vocês já tinham essa música de reserva ou foi o pessoal da Treyarch que pediu para ela ser composta?

MS: A música foi algo que compomos completamente a parte. Não foi parte do processo para esse álbum e nenhum outro. Eles nos contataram, disseram as ideias para o jogo, e explicaram que deveríamos escrever com algumas limitações em mente. Não era nada de importante – só tipo, manter a música nos quatro minutos e escrever algo bonito e rápido que coubesse no contexto dos créditos do jogo. Então nos divertimos com isso e tivemos que fazer o que era essencialmente nossa versão de old school thrash, acho que foi uma abordagem interessante pois foi algo bem diferente do que costumamos fazer.

K: Como foi fazer a captura de movimentos?

MS: Foi incrível. Foi bem divertido. Mas como qualquer coisa, quando você está realmente trabalhando nisso é bastante doloroso. Coisas como: fingir que você está gritando, porém você não pode mexer muito a cabeça, leva um tempo até você se acostumar. E tivemos que fazer algumas partes da música várias e várias vezes. Isso não foi muito legal, mas quando tudo fica pronto e vê o quão legal ficou o resultado final, vale muito à pena.

K: Além da turnê na Ásia e o Orion Festival com o Metallica, tem sido um ano bem tranqüilo para o Avenged. Vocês ficaram ocupados atrás dos holofotes?

MS: Sabe cara, nós provavelmente ficamos mais ocupados que nunca nesse ano. Nós temos escrito esse álbum, e isso foi um grande desafio para nós. Talvez as pessoas não tenham nos visto muito esse ano, porém isso não quer dizer que não tenhamos trabalhado. Longe do público, tem sido simplesmente colocar nossas energias nesse novo álbum. Tem muitas outras coisas que temos trabalhado também, porém sinto muito por não poder dizer o que é por enquanto. Não porque não queremos, mas porque estamos amarrados nisso, se falarmos algo sobre isso agora, isso iria estragar o impacto do quão legal essa coisa vai ser quando revelarmos. Além de que , quando nós tivermos um momento de sobra , 2012 tem sido um ano de recarga de energia e estamos nos preparando para voltar forte no próximo ano. Ainda estamos escrevendo, então o trabalho ainda nem está feito.

K: O quão avançado está o novo álbum?

MS: Eu diria que estamos entre 60 e 70 por cento prontos em relação à parte escrita.
A parte mais difícil de tudo foi escrever sem o The Rev por perto, para agregar três ou quatro musicas que podíamos sempre contar em nosso prato. Decidimos em qual direção o álbum deve ir, e agora temos a clara ideia sobre como ele soará. Ter essa clareza é libertador.

K: O que você pode nos dizer sobre essa direção?

MS: Não sei se posso dizer muito sobre isso agora, mas eu posso dizer o que não é tão importante quanto. Hoje tudo o que eu vejo são bandas de rock pesado ou metal entrando nessa onda de dubstep e eletrônico, incorporando essa modinha de merda no som deles. Isso não com a gente. Não estamos interessados nisso. Em todo caso, estamos indo para o lado contrário, deixando mais old school. Quero dizer, estamos voltando com tudo, para um álbum tipo do Black Sabbath, com toque de blues, com um pouco do som mais pesado que já fizemos.

K: Isso é uma reação a esse tipo de tendência ou só resultado do que vocês tem escutado?
MS: Acho que ambos. Somos um pouco mais velhos, amamos essas coisas antigas. Crescemos com bandas como Pantera e Sabbath , isso simplesmente está em nosso sangue, e nós não vamos vender o que acreditamos e nos prender no que pode ser tendência hoje.
K: No que vocês tem se inspirado quanto às letras:
MS: Para dizer a verdade, cara, eu não escrevi sequer uma só palavra ainda. Vai acontecer. Vou acabar escrevendo sobre caveiras e morte como sempre.

K: Vamos cobrar isso de você! Presumi-se então que será lançado no ano que vem?

MS: Estaremos fazendo algo muito sério se o álbum não sair ano que vem! Não posso dizer com toda certeza agora quando ele será lançado, porém queremos terminar a composição antes do Natal/Ano novo, entrar no estúdio em Janeiro e continuaremos de lá. Espero que no máximo o lançamento seja no começo do verão, mas você sabe como as coisas são.

K: Quando veremos vocês se apresentarem aqui no Reino Unido novamente?

MS: Novamente, está tudo no ar ainda e as ofertas estão aparecendo agora. Mas o que vou dizer eu acho que estamos com o objetivo de cobrir o Reino Unido e a Europa primeiro dessa vez, então não vai demorar muito para voltarmos por aí.
K: Já escolheram estúdio e produtor?

MS: Quanto ao estúdio, não decidimos. Mas no momento, minha escolha número um para produtor seria o Mike Elizondo que fez Nightmare com a gente. Fiquei muito feliz com o resultado e adoraria trabalhar com ele novamente, mas como muitas coisas nesta fase, tudo está sujeito a mudar.

K: Quais são os desafios que esperam pelo Avenged nesse novo álbum?

MS: Acho que sempre corremos risco em cada álbum que lançamos. Provavelmente não mais do que corremos no City Of Evil. Nós estamos sempre interessados em envolver nosso som e nos desafiar do quesito criatividade , mas não é tudo mundo que esta disposto nos ver desenvolver. Eu acho que com Nightmare , muita gente nos deu muito credito e não tínhamos muito no que correr risco devido ao Jimmy e tudo mais, então eu acredito que tudo volte ao normal dessa vez. Pra mim é tudo questão de escrever o melhor álbum possível. O desafio esta aqui. O desafio é fazer isso sem uma parte importante da banda lá para dar a opinião e ideias dele sem mencionar as músicas. As pessoas falam pra gente fazer isso ou aquilo na turnê , tocar , tocar em tal lugar , em tal estação , aparecer em capas de revista, fazer qualquer coisa pro Itunes. Pra mim, nada disso importa se você não escreve boas músicas, então é tudo uma questão de colocar o nosso melhor nos álbuns e todas as outras coisas fluirão. Eu tenho a máxima e absoluta confiança que faremos isso. Estamos fazendo isso.

K : O quão envolvido o Arin esta na composição? Ele ajuda?
MS: Ele tem escrito pequenas coisas e dando um toque aqui e ali. Ele fez a parte dele quando precisava. É legal, mas meio estranho, porque ele é mais novo que nós, então ele vem com uma perspectiva diferente. Apesar de ter crescido ouvindo Vulgar Display of Power ou thrash metal, ele tem sido influenciado pelo The Rev e metalcore, tem servido como uma inspiração por fora. Mas ele é legal, e está fazendo a parte dele. E ele me faz parecer velho pra caramba!

K: Então 2013 tem tudo para ser um ano bem agitado para o Avenged, né?

MS: E será. Mas eu estou incrivelmente orgulhoso do que nós estamos preparando. Eu sei do fundo do meu coração que estamos trabalhando em algo especial e podemos ficar nisso no próximo ano e talvez até mais. Não há nexo em cair na estrada e colocar toda sua energia em algo, se você não acredita nisso de verdade. O que nos inspira é quão todos estão envolvidos nisso e o quanto todos nós estamos ligados em fazer um ótimo álbum.

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