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Synyster fala sobre Pinkly Smooth e mais em entrevista

sg

No dia 20 de outubro, enquanto estava em Barcelona, Espanha, Synyster Gates deu uma entrevista ao site espanhol Binaural. Gates falou sobre seu pai, Pinkly Smooth, The Rev, entre outras coisas numa entrevista bastante interessante. Confira a nossa tradução abaixo:

Vamos começar com o básico… Como você começou a tocar guitarra?
– A música sempre foi uma parte essencial da minha família. Meu pai foi um guitarrista e tocou com vários
artistas conhecdiso como Frank zappa, então esse tipo de cenário sempre esteve atrás de mim. Isso naturalmente levou-me a perceber que eu tinha deficiências genéticas complexas e que me fez sentar em uma sala para tocar este instrumento desde que eu tinha nove anos. (Ele estava apenas sendo engraçado).

Você também sabe como tocar piano , você aprendeu paralelamente à guitarra?
– Meus pais sempre quiseram que eu tivesse aulas de piano. Eu não sei por que não me deixaram concentrar apenas na guitarra, mas a verdade é que agora eu percebo que, de alguma forma eles me forçaram a isso e que me ajudou muito no processo de composição. Sim, há muitas coisas que aprendi naquele tempo que não lembro, mas eu aprendi a ler
as notas e isso é importante.

Que tipo de músicas você começou a compor quando criança?
– Quando eu era criança, eu não escrevia muitas músicas, porque o meu pai era um músico de estúdio. Eu sabia que ele tinha escrito algumas músicas próprias, mas geralmente ele tocava músicas dos melhores grupos dos anos 40 e coisas assim então esta tendência me influenciou também. Eu me lembro que ele levou seu projeto pessoal, pouco antes de eu nascer, mas isso não foi algo que realmente me afetou, eu sabia desde o começo que queria ser um músico de estúdio como meu pai. As coisas começaram a mudar quando eu conheci The Rev na oitava série. Ele me abriu um mundo com uma variedade de estilos musicais como Mr. Bungle, Dream Theater e coisas assim que mudou a minha perspectiva, de modo que comecei a escrever música.

Como você e The Rev se conheceram? Eu tenho lido pela internet que há muita especulação com a idéia de que The Rev começou a incomodar você.
– Sim. Meus pais se divorciaram, por isso tive de mudar para Huntington Beach, onde eu tive que me acostumar a um novo lugar e uma nova escola. Eu me lembro que na duas primeiras semanas de escola, eu tentei evitar esse menino idiota [The Rev], que estava apenas tentando perturbar as pessoas, mas logo vi que não era alguém mal-intencionado, o cara simplesmente não sabia o que estava fazendo (risos). Tudo aconteceu um dia que ele começou a me incomodar, eu bati nele e nós dois fomos expulso da classe. Foi quando começamos a falar sobre música … o resto agora é parte da história.

Pouco depois os dois começaram a trabalhar em sua primeira banda: Pinkly Smooth – em que Buck e Silverspur D-Rock também tocavam. Como você vê esse projeto agora, depois de tudo que você viveu? Você pretende fazer algo com o álbum de sua antiga banda?
– Lançamos um CD, mas eu não sei se o chamo de LP ou CD, porque ele não saiu com nenhuma gravadora e sua qualidade é mais próxima de uma demo do que qualquer outra coisa. Provavelmente vamos remixar e remasterizar o álbum adicionando coisas novas, a verdade é que eu adoraria lançá-lo agora que temos a possibilidade de conseguir algo muito melhor fora do que o material que foi visto anteriormente. Tudo isto não está em processo agora, mas não há dúvidas que vamos lançá-lo mais cedo ou mais tarde.

Como vocês estão, incluindo D-Rock, Buck, você e seus colegas do Avenged Sevenfold superando à perda do The Rev?
– Acho que estamos indo muito bem. Toda a nossa vida agora é baseada na turnê, nos movendo de um lugar para outro tocando ao vivo. Alguns dias são mais positivos do que outros, mas nós estamos seguindo com as nossas vidas e sabemos que isso é o que deve ser feito. Definitivamente eu acho que estamos mais próximos do que antes, mas isso é mais por causa das circunstâncias que tivemos de encarar.

So Far Away” é uma canção de seu último álbum que você compôs em homenagem ao seu bom amigo “The Rev” Jimmy Sullivan. Foi difícil para você começar escrevê-la?
-Para falar sobre isso, temos que voltar ao tempo em que meu avô morreu, há apenas dois anos (a entrevista foi feita em 20 de outubro -). Eu estava na Austrália quando me contaram e, em resposta, eu escrevi a parte instrumental dessa música e também uma parte da letra. Naquela ocasião, o único lucro que eu obtive foi a criação de umas demos legais onde Jimmy cantou comigo. Eu nunca tinha escrito nenhuma letra do Avenged Sevenfold, mas depois da morte de Jimmy, me vi no dever de pedir aos meus companheiros de banda se eu podia completar a letra de ‘So Far Away “. Finalmente, depois disso, tudo aconteceu muito naturalmente.

Falando no material criado por você. “Em todos os seus anos como músico você gravou algumas músicas apenas para você? Se sim … elas irão ver a luz do dia alguma hora?
– (Risos) Sim, eu tenho material suficiente no meu notebook particular e com certeza vai sair de alguma forma. Agora estamos muito focados nas nossas coisas, mas quando a maré do A7X abaixar, tenho certeza que lançarei algumas coisas que tenho guardadas comigo. Estou convencido de que sua família (os Sullivans) adorariam ouvi-las e que isso vai ajudar a prolongar o legado dos grandes momentos que eu vivi com o meu bom amigo Jimmy em meu estúdio pessoal.

Essas músicas que estamos falando de algum tipo de vibe southern? Pergunto isso porque em suas composições é mais que evidente a forte influência que este estilo teve na sua música e na forma de compor.
– Bem, a verdade é que ouvimos (Jimmy e Syn) todos os tipos de música. Nós dois temos influências de metal (Metallica e Pantera, por exemplo) mas também ouvimos um monte de bandas como Guns N ‘Roses, um grupo que recria muito esse tipo de vibe southern que você mencionou. Sim, é verdade que nós estávamos interessados na música country contemporânea também, mas os pontos de referência mais forte que nós tivemos foram os que eu comentei. É possível que você tenha me ouvido fazendo slide na guitarra em “Nightmare”, mas dúvido que esse tipo de vibe southern está presente nas músicas que estamos falando.

Vamos mudar o assunto e falar um pouco das suas preferências. Estou sabendo que o Slash é um do seus maiores ídolos… você vê esse ícone do mundo do rock como um reflexo do que você quer gradualmente alcançar ou se tornar com a sua carreira musical?
– Vou ser honesto e dizer o que eu penso: no momento eu não sei se eu quero ser igual a ele. Sei agora que o Avenged Sevenfold não é mais uma banda de garotos de 20 anos que queria um dia ser uma banda como Guns n’ Roses ou Metallica, agora somos nada além de nós mesmos. Eu não quero soar arrongante ou algo do tipo, porque a verdade é que nós estamos aproveitando esse momento e só queremos fazer o que curtimos e o que somos apaixonados.

Quais albuns você tem mais ouvido ultimamente? E quais são suas músicas e álbuns favoritos?
– Hmm… Nos últimos meses tenho curtido muito a discografia do Sparks. Não sei se já ouviram falar deles, mas é uma banda bem divertida que tem um tom muito moderno e uma inovação com tom de Queen também. Para todos que todos que tão lendo, vocês tem que comprar uma cópia do “Kimono My House” (1974) e “Indiscreet” (1975), dois álbuns maravilhosos. “Angst In My Pants” é uma música que claramente reflete o estilo desses caras e curiosamente tem como tema o fenômeno da herpes (risos). Sem dúvidas sobre minha música favorita: Bohemian Rhapsody do Queen. Não acho que ninguém conseguirá criar uma música melhor que essa. Se falarmos de cds, não posso negar que meu favorito é o primeiro do Mr. Bungle. Mesmo assim tenho que dar um tributo aos Beatles, que foram os melhores compositores que existiram no mundo da música.

Que grupos ou artistas mais te influenciaram?
– Muitos! Sem dúvida tenho que começar falando do Mr. Bungle, minha banda favorita. Quando estávamos no Japão aproveitei e levei comigo uma pilha de cds piratas, porque tem muitos aqui. Outro artista que eu amo é o Danny Elfman, amo as trilhas sonoras que ele compôes, e a essência que ele consegue transmitir em Bsos assim como Batman, Beetlejuice, etc…

O mundo dos filmes, tv e música parece ser bem próximos na sua carreira. Isso me lembra que… é verdade que você e seu pai trabalharam no tema principal do “The Jeff Dunham’s Show”?
– Sim, sim, é verdade. Nós estavamos sempre indo e voltando nesse projeto, mas acabou saíndo principalmente graças ao trabalho do meu pai.

Você e seu pai tem trabalhado juntos até mesmo no Avenged Sevenfold – o pai do Syn tocou violão em várias músicas do A7X-. Como você se sente quando vê que seu pai te ajuda a tocar tuas músicas no seu grupo?
– Pra mim é uma honra de ver que meu pai virou tamanho fã do grupo e de mim. Veja, de tempos em tempos ele se interessa por uns dos meus projeitos e tenta ajudar aonde ele pode, e é a coisa mais legal. Ele tem sido meu herói de várias maneiras: musicalmente e fora do mundo da música. Tá certo que ele não tava muito por dentro do metal (ri) mas sem ele é mais do que possivel que eu nunca teria me tornado quem eu sou hoje.

Já aconteceu de você se sentir mais ‘próximo’ de uma música que outra pessoa compôs ao invés de uma sua?
– Não sei, a verdade é que eu me sinto ligado com todos os assuntos que as músicas do Avenged Sevenfold falam. De novo, não quero soar como um idiota ou nada do tipo, mas temos mais certeza do que fazemos do que qualquer outra coisa, pois passamos muito tempo trabalhando nisso. Não somos muito de ficar lançando música em 2 ou 3 meses, se nos leva quase um ano pra fazer algo que ficamos feliz sobre. Outro fato importante que me ajuda a reafirmar o que eu disse, vem do fato que Jimmy foi meu compositor favorito. Toda vez que ele compunha uma música, era como se minha banda favorita tivesse lançado algo novo. Estou muito feliz com o que nós lançamos. Não muito com o que eu faço, desde que sou muito auto-crítico (ri), mas com o que fazemos no A7X.

É óbvio que você e Jimmy tiveram uma conexão musical maravilhosa. Você acha que com Johnny, Matthew ou o resto do seus companheiros você divide uma ligação parecida?
Sim, mas de um modo diferente. Sullivan era minha alma-gêmea. Minha banda favorita é Mr. Bungle, a dele também. Meu álbum favorito é o “Mr. Bungle”, o dele também. Até mesmo concordavamos 100% sobre o Danny Elfman. Jimmy e eu vivemos num mundo paralelo, que era mais que obvio, mas também é verdade que o resto da banda e eu compartilhamos o mesmo gosto musical. Ainda assim, em outro nível, porque é com o Jimmy que eu vivi praticamente tudo.

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