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“Eu acho que ouvir os dois lados do espectro possa abrir mais a cabeça do nosso público.” – M. Shadows

Em entrevista para a Loudwire, M. Shadows conta como a banda decide quem chamar para a turnê, como acha que o público vai reagir ao Prophets of Rage, a relação deles com as bandas que vão participar da ‘End of the World Tour’ e muito mais.

Confira tradução:

Tem uma grande turnê chegando neste verão. O quanto de certeza vocês tem em quem levar para a estrada com vocês?
Nós temos 100% do controle de quem vai com a gente. Basicamente, fazemos uma lista de bandas, então conversamos entre nós e qual seria mais interessante. Tentamos fazer turnês ecléticas e o mais diferente possível, então não são sempre as mesmas duas bandas todos os verões. Prophets foi um tipo de banda diferente [para nós] para levar em turnê, mas ao mesmo tempo nos intrigou porque não somente amamos as bandas que eles vieram e o que elas representam, mas porque é uma banda diferente para o nosso público. Sentimos que seria realmente importante fazer algo diferente do que sempre fazemos todos os verões.

 
Eu amei a ideia de juntar o Prophets nesta turnê. Como você acha que o seu público vai responder a eles?
Eu acho que o público deles vão aparecer nos shows. Nosso público talvez implique e grite um pouco quando eles não querem ouvir sobre política ou quando eles querem uma banda que se sintam mais confortáveis ouvindo, alguma banda que se enquadre no estilo do Avenged Sevenfold que eles ouvem toda hora.
Para nós isso é sobre expandir os horizontes deles e o nosso também. Eu amo o que o Rage e o Prophets of Rage falam em suas músicas, porque eles usam a voz para dizer umas verdades e eu amo isso.
Eu acho que ouvir os dois lados do espectro possa abrir mais a cabeça do nosso público. O Prophets tem bastante convicção e muitas ideias e eu acho que vai ser ótimo. Eu estou bem animado em ter uma banda tão controversa, ou polarizadora com outra banda polarizadora, que somos nós. Acho que vai rolar uma fricção ou até umas faíscas com isso e tudo vai explodir… o que vai ser bem legal.

Como foi sua experiência com Rage Against the Machine, Public Enemy e Cypress Hill? Você era fã? Você tem amizade com algum integrante?
A primeira vez que ouvir Rage Against the Machine foi na KROQ com a música ‘Killing in the Name’ e foi simplesmente revolucionária. Era inacreditável, a atitude e o que eles representavam era simplesmente inacreditável. Todos tentavam imitar a capa do álbum deles e falharam miseravelmente. Tudo sobre Rage naquela época era inacreditável, logo somos grandes fãs do que eles fazem.
Eles ficaram em hiatus por um bom tempo, então ninguém ouvia muito sobre eles desde então, mas nós nunca havíamos nos encontrado antes, até essa semana. B-Real e Tom Morello são ótimos caras. Eles estão bem empolgados por esta turnê, nós estamos bem empolgados também. Nos demos tão bem que mal posso esperar para sair com eles novamente e conhece-los melhor durante a turnê. Não posso dizer que isso acontece sempre, eles tem personalidades definitivamente interessantes e são muito, muito legais.

 
Outra grande banda que vai participar da turnê é o Three Days Grace. Eu acho que vocês já se cruzaram em algum momento, qual a relação entre vocês?

Three Days Grace tem grandes músicas e são ótimos caras. Tocamos alguns anos atrás juntos em um festival e viramos bons amigos. Os vimos novamente na última turnê com o Breaking Benjamin, eles vieram a um show nosso no Canadá e saímos com eles. Ficamos tipo ‘Por que não trazê-los na próxima turnê?’ Eles estavam à procura de uma turnê e seria bom complementar com eles.
Tem também o Ho99o9, nos conhecemos enquanto estávamos em turnê com A Day to Remember. Lembro do rosto de algumas pessoas quando o caras entraram e começaram a enlouquecer no palco – me lembrou o Black Flag no passado ou até alguma outra banda de punk rock underground misturado com hip hop. Vai ser maravilhoso ver o efeito que eles vão causar em um show de rock.
Em minha opinião essas quatro bandas vão deixar a turnê bem animada e diferente. Vai ser um desafio para várias pessoas, assistir quatro bandas que ao mesmo tempo em que estão dentro do mesmo gênero, são tão diferentes, vastamente diferentes. Acho que o público vai ser diversificado, mas espero que venham com a cabeça aberta e saiam com um pensamento diferente do que o que eles chegaram.

 
Sendo está a turnê ‘End of the World’, se este fosse o ‘final do mundo’ o que você gostaria de incluir nesta turnê e se tem algo que talvez você esteja segurando para este dia, que será seu último?
Cara, eu não sei. Eu espero que esta não seja nossa última turnê [risos]. Na verdade não é. Eu não sei se seguiríamos com música padrão ou mais trance, talvez tirasse ‘Save Me’ e ‘Exist’, tiraria algumas dessas músicas de quinze minutos que acumulados durante nossa carreira. Eu não sei o que faríamos, mas espero que seja um longo caminho e nós não precisamos especular sobre isso. Eu realmente espero que não seja o fim do mundo e não vai ser a nossa última turnê.

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