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Revista The Front entrevista M.Shadows

Na edição de agosto da revista The Front foi publicada uma entrevista com M.Shadows, onde ele falou um pouco sobre a turnê, sobre o filho e sobre como seriam as coisas se o The Rev ainda estivesse aqui. Agora, a revista disponibilizou todo o conteúdo em seu site e vocês podem conferir a entrevista traduzida abaixo.

Front: O seu som mudou muito ao decorrer dos seis álbuns, você ouve muita merda dos fãs antigos?

M.Shadows: Em todo álbum ouvimos merda. Nós nos tornaríamos uma merda se continuássemos no mesmo estilou ou se mudássemos. Quando lançamos “City of Evil” depois do “Waking The Fallen” ouvimos muita merda. Nós achávamos que era maravilhoso, mas as pessoas diziam “Isso é uma bosta!” Eles estavam nos chamando de “comercial” – provavelmente oito das onze canções nesse disco tem mais de oito minutos de duração, o que é algo nenhum pouco comercial. Você realmente não consegue ganhar.

 

F: Já se envolveu em alguma confusão e mandou alguém se foder online?

S: Eu nunca fiz um comentário em um mural de mensagens na minha vida. A menos que alguém tente me atacar fisicamente, eu não me importo com o que alguém faz. Eu não quero ser aquele babaca no Xbox Live gritando “Eu tenho seu ‘endereço de IP, eu estou indo na sua casa!” Não é importante para mim.

 

F: Qual foi a coisa mais absurda que você já leu sobre você?

S: Houve um monte de coisas sobre a minha voz, que eu não posso gritar porque eu fiz uma cirurgia, e eu posso explicar quantas vezes eu quiser que não queremos mais gritos, mas as pessoas não vão entender as palavras que saem da minha boca, então parei explicar. E há coisas aleatórias, onde as pessoas escrevem coisas como “Eles estavam na minha cidade e eu os conheci e fiz sexo com esse cara, e …” Qualquer um pode olhar para o nosso line-up e ver que não estávamos lá, mas eu acho que isso tanto faz.

 

F: Já teve algum rumor de morte?

S: Não sobre mim, mas o Bon Jovi não teve um recentemente? Eu acho que seria bem legal – se eu visse um rumor de morte sobre mim eu acho que eu iria esconder em algum lugar para tirar uma. Manda alguma coisa maquiavélica, algo como do Tupac.

 

F: Estamos em um hotel muito chique falando com você – você nunca sentiu a falta do glamour que tinha no começo, quando era um bando de caras em uma van?

S: Obviamente eu gostaria que o The Rev ainda estivesse aqui, porque ai teríamos a antiga equipe e estaríamos bebendo com 40 anos, zoando um com o outro, dirigindo por 12 horas para a próxima cidade, vendendo algumas camisas e fazendo tudo isso novamente. Era muito divertido. Sinto falta algumas vezes, mas, ao mesmo tempo, estamos ficando mais velhos. Tenho 32 anos, tenho um filho recém-nascido, e eu não vou ser um pai que está longe na estrada o tempo todo, eu vou ser um pai que leva seu filho com ele, assim ele começa a viver na estrada. Se você ganha dinheiro, o que adianta se você não pode estar com a sua família?

 

F: Seu filho vai ter uma infância bem divertida…

S: Sim, espero que ele não vire um idiota. Temos que manter os pés no chão. Eu cresci em uma van com US $ 1 por dia, a minha família não tinha dinheiro, e eu comecei uma banda de punk rock que se transformou em uma banda de hardcore que se transformou em uma banda de metal, e a realidade agora é que, às vezes temos que fretar um jato para chegar ao local do show. Às vezes, vivemos em um ônibus que vale um milhão de dólares. Ele precisa entender que isso não acontece facilmente, vem de anos e anos de trabalho duro.

 

F: Você gostaria que seu filho te seguisse no metal?

S: Ele é muito ligado na música – ele fica sozinho e bate na bateria, fazendo barulhos em um microfone. Eu quero que ele faça o que ele quiser fazer, se isso é ser um jogador de golfe ou um físico… Normalmente as pessoas crescem e dizem “Tudo o que meu pai faz não é legal. Foda-se pai, eu vou para a faculdade!”

 

F: Vocês não tem vergonha de pensar alto, tendo como objetivo ser a maior banda do mundo.

S: Às vezes somos bombardeados de perguntas como: “Maiden e Metallica não podem comandar o Download para sempre, então vocês são os próximos?” Eu seria um covarde se dissesse não, porque eu gostaria de fazer isso, mas eu seria um egoísta se eu disser que sim. A resposta honesta é que os fãs vão decidir se eles querem ver a gente pegar o manto. Alguém precisa fazer isso, porque você não pode ter o Maiden a frente de cada festival, e você não pode ter bandas de metal obscuras como atração principal do Segundo palco em um festival onde os headliners são Mumford & Sons e os Lumineers. O Metal precisa ser exposto para mais pessoas, por isso é bom para o rock se há bandas maiores. Bandas das rádios de rock americanas não vão fazer isso, tem que ser uma banda real, classicamente influenciada pelo metal que se mantém fiel ao que o metal realmente é. Nós somos a banda e eu estou pronto para isso.

 

F: Você está fazendo sua primeira turnê em arenas em dois anos, esse é o próximo passo?

S: Vai ter entre 80 mil e 100 mil pessoas no Download, certo? Nós vendemos apenas 30 mil ingressos na Inglaterra cinco meses antes dos nossos shows. Trata-se de não exagerar, tocando nos momentos certos, fazendo um grande show de cada vez, tornando-se um evento do caralho.

 

F: Se dinheiro não fosse o problema, como seria sua produção?

S: Eu sou meio puritano quando se trata de como os grandes shows de rock devem ser. O Kiss faz algo grandioso, Iron Maiden são os reis. Estamos quase lá em termos de coisas que queremos explodir, mas sempre haverá novidades legais que podemos fazer. Nós não vamos ficar girando em cordas ou algo do tipo. Eu só gosto de um monte de fogo. Eu sou apenas um cara. Eu quero ver uma banda tocando seu som e coisas explodindo.

 

Fonte: Deathbatnews

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