Zacky V. em entrevista ao site Green Bay Press Gazette

Zacky Vengeance concedeu uma entrevista ao site Green Bay Press Gazette na qual ele fala sobre ser um rockstar, The Rev, a evolução da banda e outras coisas mais. Confira abaixo (clique em Leia Mais para visualizar a entrevista completa):

“Embora Zacky Vengeance, guitarrista do Avenged Sevenfold tenha um nome artístico, ele não se considera uma estrela do rock.

O cara de 29 anos, que co-fundou a banda de rock em 1999, disse que nunca se importou com o título de “rockstar” e não se acha mais importante do que qualquer outra pessoa. No entanto, quando uma banda atinge o disco de platina e toca em estádios, o rótulo de estrela do rock é uma consequência natural.

“Em relação ao que fazemos, penso que não existe espaço para quem tem uma mentalidade ou um ego de rockstar”, disse Vengeance. “Se não fosse pelos nossos fãs, eu não estaria no palco fazendo o que amo.”

Mesmo em tempos turbulentos, incluindo a morte do baterista original, Jimmy ‘The Rev’ Sullivan, por uma overdose acidental de medicamentos misturados com álcool em 2009, os fãs do Avenged Sevenfold se uniram em torno da banda em Huntington, na Califórnia.

Quase dois anos após a morte de Sullivan, o A7X continua como uma das mais populares bandas de hard rock da música atual, mas não tem sido um caminho fácil.”

Créditos: @pamstradolini

Após a morte de The Rev, vocês chegaram a pensar em por um fim na banda, mas felizmente ficaram juntos e lançaram em 2010 o álbum “Nightmare”. Por quê?

A maneira como tudo aconteceu nos fez decidir que era absolutamente necessário para nós gravar Nightmare, pois já estava quase todo escrito, exceto algumas partes. Tivemos que lançá-lo pois Rev foi uma parte importante no processo de escrita do álbum e sabíamos que os fãs precisavam ouvir… tinha que ser perfeito e o resto veio naturalmente. O apoio estava ao nosso redor do mundo, torcendo por nós, nos ajudando a seguir em frente.

No dia 28 de dezembro se completará 2 anos da sua morte. Vocês pretendem fazer alguma coisa para homenageá-lo nos shows ou em seu tempo livre?

Sim, estamos bem próximos da família dele. É um dia que tememos. É difícil… eu penso sobre o Rev todos os dias, não importa o que aconteça, penso nele várias vezes por dia. Não há mais nada que eu pense todos os dias. Estou constantemente lembrando dele. Nós nunca o deixamos de lado em nossos pensamentos enquanto estamos tocando. O dia em que ele faleceu, e foi há quase dois anos, será sempre um dia difícil. É um daqueles dias que gostamos de nos reunir com a família dele e relembrar o quão impressionante ele era como pessoa.

Você mencionou que The Rev contribuiu para Nightmare, que foi diferente dos lançamentos anteriores. Descreva a evolução musical do Avenged Sevenfold.

Começamos tocando uma mistura de punk rock, trash metal e hardcore e, nós sabíamos desde o início que amavamos esse tipo de música, que esteve presente no nosso primeiro álbum. Vai de Slayer-ish riffs até uma balada chamada “Warmness on the Soul”. Tínhamos ouvido bandas como Guns tocando músicas como “November Rain” e começou nossa natural evolução musical na parte escrita. Começamos a deixar de lados os gritos em nosso segundo álbum e apenas tocamos músicas que gostávamos. Nós sempre gostamos das baladas e nos inspiramos em coisas diferentes… tem sido uma evolução bastante natural para um grupo de compositores ambiciosos que gostam de todos os estilos de música.

Qual dos seus três álbuns lançados por uma grande gravadora, você acha que teve o maior esforço criativo da banda?

Penso que o self-titled foi extremamente ambicioso para nós… fizemos músicas como “dear god” e “A little piece of heaven” que são completamente diferentes. Nós mesmos produzimos o álbum, e para quem tem 25 anos de idade, é algo bastante selvagem – especialmente para uma grande gravadora – para bandas como nós, é uma espécie de loucura. Foi um tempo muito divertido no estúdio, saiu muita coisa louca nesse álbum. Provavelmente não foi o nosso álbum mais coeso, mas é jovem, é selvagem e é a prova para todos os nossos fãs e para os críticos que acabamos escrevendo algo que amamos e somos capazes de produzí-lo nós mesmo. Não estamos tentando escrever para rádio. Não estamos tentando escrever hits.

Mesmo não tentando escrever hits, você já sentiu que teve que “vender” de qualquer forma para obter o tipo de sucesso que a banda tem tido hoje?

Uma das coisas que eu mais tenho orgulho no Avenged Sevenfold é que nunca tive que comprometer nada artisticamente. Eu me lembro de nosso primeiro single que logo foi parar no rádio. Foi provavelmente a música mais alternativa em qualquer rádio de rock na época. Foi sugerido que colocássemos os nossos solos de guitarra, nossos duelos, no meio de “Bat Country” para torná-la mais curta para o rádio e dissemos: “As pessoas amam solos de guitarra, ou pelo menos os que fazemos. Se o rádio não quer tocar uma música que acreditamos ser muito boa, eu tenho certeza que nossos fãs ainda vão gostar.” Nós não escrevemos uma canção para tocar no rádio, então nós realmente não vamos cortá-la e nos limitar, e eu acho que isso nos ajudou. Você tem que ser fiel a isso. Às vezes eu ouço algumas músicas que estão no rádio e sopram em minha mente. Eu ouvi “Critical Acclaim” sendo tocada pela primeira vez no rádio e pra mim foi simplesmente fantástico porque é tão diferente e único comparado a um monte de rock estruturado que sai por aí. Eu vejo um monte de bandas hoje em dia que estão tentando escrever músicas para estarem no rádio e, eu acho que nenhuma das grandes bandas tentou fazer isso. Eles apenas fizeram o que amavam.

Você acha que o gênero rock/metal vai se manter por muito tempo?

Eu realmente acredito que as pessoas sempre amarão o hard rock, e eu acho que a música definitivamente passa por fases. Se você olhar para trás, nos último 30 ou 40 anos, há um estilo de música que tem se mantido ao longo de muito tempo. Você volta a olhar para bandas como Black Sabbath e Led Zeppelin indo para Iron Maiden, Metallica, Guns n’ Roses, Pantera – o hard rock sempre esteve lá. Mas olhando também para trás, o que fez a discoteca sumir? Qual é a próxima coisa a surgir? Eu acho que as bandas de hard rock sempre estarão presentes. Às vezes não necessariamente vão prevalecer sobre as outras, mas a questão é que em 10 ou 20 anos, nossos fãs estarão levando seus filhos para tomar ecstasy em um clube de electro ou estarão levando seus filhos para um show de hard rock? [RISOS] eu apostarei meu dinheiro no show de hard rock.