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Entrevista de M.Shadows para a rádio 98KUPD

Na tarde de 30 de setembro M. Shadows ligou para a rádio 98 KUPD e conversou com Fitz Madrid, a entrevista foi toda transcrita pelo Deathbat News e traduzida por nós do A7X:BR. Eles conversaram sobre vários assuntos interessantes: a pausa que a banda vai fazer, o novo álbum, tornar o Arin um membro oficial, se eles pensam em fazer novos covers, Buried Alive como o novo single, treinar Jiu-Jitsu e muito mais, inclusive menções de gravações para um documentário sobre o Jimmy.

FM: Sr. M. Shadows, como está se sentindo hoje? É o Fitz.
M: Ótimo falar com você!

FM: Certo, bom falar com você. Então vocês acabaram de se ajeitar em Seattle agora, certo?
M: Yep. Acabamos de chegar de uma viagem de 14 horas na estrada.

FM: Oh cara, vocês devem estar cheirando como uma parada de caminhoneiros agora.
M: Cheiramos mesmo, foi tipo o Motley Crue chegando, mas tá tudo bem.

FM: Vocês vão ficar por aqui durante uma semana por causa da Uproar, o que deve ser um bom tempo. Muitas pessoas estão animadas para ver vocês e eu tenho algumas perguntas para fazer. Fiz um post no meu Facebook dizendo ‘hey, querem saber? M. Shadows vai ligar pra cá, vocês tem alguma pergunta pra ele?’ e nem preciso dizer que muita gente tem perguntas pra você,
M. Shadows. Acha que pode encarar algumas delas?
M: Certamente.

FM: Vamos ver, Stephanie Dunham quer saber: Eu só quero perguntar pra ele se ele se casaria comigo. Não, falando sério, eu quero saber se eles planejam fazer mais álbuns e se ele casaria comigo?
M: [risos] Bem, como a minha esposa está aqui do meu lado eu tenho que dizer que só posso casar com uma mulher. Mas se nos encontrarmos em Utah (estado poligamista) um dia desses talvez eu possa ter mais de uma esposa. E mais álbuns? Yeah! Depois dessa turnê, você sabe como nós sempre gostamos de fazer uma pausa depois de uma turnê e o pessoal encara isso como ‘oh eles vão parar de tocar por um tempo’ mas eu acho que é saudável para toda banda aliviar a pressão depois de um ciclo longo de turnês. Vamos descansar depois desse álbum e então vamos voltar a trabalhar assim que conseguirmos alguma inspiração para compor mais uma vez.

FM: Ótimo, bons tempos. Essa foi na verdade uma das outras perguntas, uma mulher perguntou: Quando eles vão tirar uma folga? – A quanto tempo vocês estão na estrada? Uns 18 meses?
M: É, não é assim tão ruim. Nós sempre ficamos um tempo assim em turnê com cada álbum. Existem tipos diferentes de bandas. Tem bandas que esquecem dos países europeus e da Asia e para nós é isso que o metal é. O metal é uma coisa meio que mundial então nós temos muitos lugares para ir e nós tentamos ir a cada um deles duas vezes. As pessoas não sabem disso, mas existem 26 lugares para se tocar na França. E tipo, você tem que ir a esses lugares porque os garotos lá estão lutando pelo metal e eles o amam então nós tentamos ir a todos os lugares, tocar o quanto pudermos e fazemos ciclos de dois anos. Então, é, assim que essa turnê acabar, provavelmente no próximo verão não vamos relaxar por um tempo e tirar nossas férias.

FM: Muito merecidas. Eu não sei muito sobre a França, mas dizem que dá pra ver a roupa de baixo das pessoas lá.
M: [risos] Com certeza.

FM: Me deixa te perguntar uma coisa sobre o Arin. Ele só está em turnê com vocês? Ele é um integrante da banda? Como isso funciona?
M: estamos tomando muito cuidado com isso, não queremos jogar alguém na banda e considerá-lo um integrante assim do nada, mas ele é um baterista incrível. No momento ele é nosso baterista de turnê, mas tenho a sensação de que nós e ele vamos ter um longo relacionamento. Eu adoraria ter ele na banda, nós só queremos compor um álbum com ele antes de determinar isso. Ele é jovem, precisamos ter certeza de que ele pode estar na estrada e não ficar com saudades de casa depois de dois anos. Que ele pode compor um álbum e estar envolvido em todo processo de turnês e criação e não surtar. Antes de chamarmos ele de um integrante da banda temos que testá-lo e ter certeza de que isso é o que ele quer fazer.

FM: Parece bem razoável. Porque se alguém diz “Hey, quer entrar pro Avenged Sevenfold?” Bem, com certeza! “Você sabe como È estar no Avenged Sevenfold?” Hmm, me deixe pensar por um instante.
M: Exatamente. Por quanto tempo você consegue ficar longe da sua família? Você agüenta? Tem muita coisa com que temos que lidar e obviamente não é uma vida ruim de forma alguma, mas são coisas que afetam cada um de uma forma diferente de ter um trabalho normal e poder ir pra casa todos os dias e ver sua família. Temos de ter certeza de que ele merece estar na estrada, eu acho.

FM: Leva ele pra sair, molha, coloca no varal e vê como fica depois que secar.
M: [risos] Exatamente.

FM: O clipe de So Far Away – Foi fácil de filmar ou difícil de filmar?
M: Foi mais difícil de assistir no final porque nós não sabíamos que o Wayne ia colocar todas aquelas filmagens do Jimmy no fim. Foi muito mais difícil de assistir do que de filmar e eu acho que quando você está filmando… A família do Jimmy estava lá e nós estávamos dando entrevistas pra esse documentário que estamos fazendo sobre o Jimmy… Só vimos as filmagens sem edição e não sabemos quando ficará pronto porque eu sei que os garotos vão querer saber quando vai sair. Foi muito mais fácil estar lá com os amigos e a família dele e filmar o clipe. Muito do resultado final foi muito mais difícil pra gente assistir.

FM: Posso entender isso. Só o conheci do jeito que um cara dá rádio conhece um integrante de banda, vendo vocês algumas vezes, como um ser humano eu fico tipo ‘oh, cara, isso é pesado’ no fim das contas.
M: Sim, certamente. Eram várias filmagens que eu nunca tinha visto. Então eu fiquei tipo ‘okay, isso dói um pouquinho’. Mas acho que deixa claro que as pessoas perdem gente que amam todos os dias nesse mundo. Todo mundo vai se sentir assim em algum momento da vida. Acho que é um clipe universal e é uma merda que seja assim, mas é como as coisas são e nós tivemos que fazer.

FM: Aubrey quer saber: O A7X fez covers de clássicos como Walk do Pantera e Flash of the Blade do Iron Maiden. Existe alguma música mais nova de que vocês pensam em fazer um cover?
M: No momento, não. Estamos concentrados em tocar várias facetas de nossos próprios álbuns e músicas que nossos fãs antigos não ouvem a algum tempo como as coisas do Waking The Fallen e do City Of Evil. Estamos reaprendendo todas essas músicas, especialmente o Arin está cheio de trabalho. Primeiro jogamos pra ele algo tipo, aqui estão 12 músicas que você tem que aprender e agora aqui estão 25 músicas que você tem que aprender e são todas músicas bem longas. Por sorte, ele cresceu ouvindo Avenged Sevenfold, o que ajuda porque ele já conhece as músicas, mas é diferente de ter que tocá-las ao vivo. Não temos tempo no momento para covers novos ainda mais quando os fãs querem ouvir tantas das nossas músicas. Temos um tempo limitado no palco e nossas músicas já são grandes o bastante. Sempre ouvimos reclamações tipo ‘queremos ouvir mais! Toquem por mais tempo!’ bem, nós não podemos. Estamos tocando por uma hora e meia e você pode ouvir 11 músicas. É uma droga, mas essa é a natureza da banda.

FM: A música nova Buried Alive é bem boa. Eu gosto da vibe meio Metallica no breakdown. É uma música muito boa, cara. Como vocês fizeram isso? Foi o processo tradicional de composição do Avenged Sevenfold ou teve algo de diferente?
M: No final da composição eu sentei com o Gates e eu realmente queria uma música que fosse um cruzamento entre Stairway To Heaven e One do Metallica. Juntei todas essas idéias que eu tinha tipo ‘eu quero um riff trash e simples, mas ao mesmo tempo quero que a primeira parte da música tenha uma vibe e que passe disso sem esforço algum para uma vibe totalmente diferente. Podemos fazer isso?’ Eu tenho muito orgulho dessa música. Eu amo ela. Nem acredito que ela está tocando nas rádios, ela tem tipo seis minutos e meio de duração. Para mim é uma das melhores faixas do álbum e eu disse pro pessoal da gravadora ‘olha, vocês podem escolher singles curtos o quanto quiserem, mas no final das contas as pessoas vão responder a essa música.’ Ela deveria ser escolhida, nós deveríamos pensar na idéia e ver como fica. Temos sorte de ter tido tanto sucesso com as três primeiras músicas que escolhemos e estamos prestes a ter um quarto single. É empolgante, nós estamos deixando rolar. As reações tem sido ótimas e é uma das minhas músicas favoritas no álbum.

FM: Gosto muito dela também. Quanto você diz que ela tem seis minutos e meio eu tenho que parar pra olhar e wow ela é comprida mesmo. Não parece assim tão longa porque é tão boa, sabe?
M: [risos] Yeah.

FM: Acredite em mim, trabalhando no rádio a tanto tempo quanto eu já toquei músicas de dois minutos e meio que parecia que duravam uma hora.
M: Oh, com certeza. O engraçado é que é uma música, mas ela tem dois refrões e são só dois refrões, sem um terceiro então são basicamente duas músicas coladas juntas, mas elas funcionam juntas. É divertido poder fazer algo assim diferente do que as pessoas estão acostumadas a ouvir no rádio. Quando eu era jovem esse era o tipo de música que chamava minha atenção no rádio. Quando Killing In The Name Of do Rage saiu e quando Chop Suey do System Of A Down saiu, eram músicas diferentes e excitantes e divertidas. Isso é o que eu espero que possamos trazer para o rádio com a nossa banda.

FM: Também acho. Uma das coisas que é bem verdade sobre a banda de vocês é que, e eu não falo pra agradar, mas a banda de vocês não é um monte de bobagem. Você ouve muita coisa por ai e pensa ‘esses caras são legais’ mas vocês saem por aí e fazem turnês, fazem os álbuns de vocês, vocês fazem esse tipo de coisa e detonam. O que eu quero dizer é, eu não acho que o Avenged Sevenfold seja ruim!
M: [risos] Obrigado, eu aprecio isso.

FM: Avenged Sevenfold, essa banda vai longe.
M: [risos] Obrigado.

FM: Muitos dos caras do exército são fãs da música de vocês. Vocês por acaso recebem fotos de soldados com deathbats dizendo tipo ‘hey, olha, estamos em Fauzia’?
M: Sim, recebemos muita coisa, é muito legal. Nós viajamos e tocamos no Iraque então temos muitas coisas de lá. Só estar lá e ver soldados com tatuagens do Avenged Sevenfold super animados e promovendo o show. Foi inacreditável. O fato é que eles não levam muitas bandas de rock pra lá. Bandas de rock dizem que vão pra lá, mas na verdade estão fazendo shows do USO, tipo um show em um ginásio, nós realmente fomos até as bases, fomos aos campos de batalha. Tocamos em quatro bases diferentes onde as pessoas estão vivendo em cubículos. Eles saíam toda noite em missões e voltavam. Pessoas estavam morrendo e morteiros eram atirados contra as bases. Nós tocamos nesse tipo de ambiente e foi incrível porque tinha mais gente nos nossos shows do que nos dos artistas country que vão pra lá. Foi muito legal ser uma das primeiras bandas de rock a ir pra lá. Os soldados adoram ouvir heavy metal a todo volume , é o que diverte eles. Foi demais estar lá e fazer esse tipo de coisa. Temos fotos ótimas dessa experiência.

FM: Se tivesse como resumir essa experiência toda em uma ou duas frases o que você diria? Se é que é possível.
M: Foi a melhor experiência da minha vida. Sem dúvidas. Quando eu penso nisso me sinto novamente naquele lugar. Ir ao Iraque e ver todo o ouro e os palácios que Saddam estava construindo e como o resto do país estava vivendo na merda, era inacreditável. Ver tudo o que aconteceu e como algumas pessoas entendem errado. Também era loucura ver meninas de 18 anos andando por ai com M-16s, elas também tem que ter suas armas. Garotos indo ao show de rock com suas M-16s no ombro. Foi bem surreal.

FM: Like a boss, certo?
M: Exatamente!

FM: Então um cara chamado Nick diz: Ouvi dizer que J.J.B. é Jiu-Jitsu Brasileiro. Você é um mestre em Jiu Jitsu Brasileiro?
M: Não. Eu treinei por um tempo só pra sentir como era. Sei algumas coisas, mas definitivamente não sou um mestre. [risos]

FM: Um pequeno gafanhoto na escala das coisas, você diria.
M: Sim. Você aprende muitas coisas e eu estava ficando bom. Na verdade, o cara com quem eu estava treinando queria que competisse e eu estava tipo ‘cara, tá brincando comigo?’ Eu não vou pro UFC nem pro octógono tendo a minha banda, isso é ridículo.

FM: Além disso não importa o quão bom você seja, a não ser que tenha nascido para ser um destruidor implacável você iria apanhar sem parar.
M: Yeah. Mesmo que ganhasse sua luta você ainda quebraria o nariz e ficaria ridículo.

FM: Eu estava assistindo outro dia e se um cara como Rampage Jackson apanha nisso que chance eu teria?
M: Eu sei, é loucura. Especialmente pra quem assistiu aquela luta do John Jones com o Rampage semana passada. Foi tipo ‘cara, ninguém vai derrotar aquele cara’. O cara é gigante e é pirado, entre lá com ele e você vai apanhar feio. Não parece divertido.

FM: Uma música de vocês está na trilha sonora do Black Ops. Vocês jogam muito Black Ops?
M: Eu jogo até demais.

FM: Oh, você acaba de se admitir um geek. O que você me diz: Battlefield 3 ou Modern Warfare 3?
M: Joguei Battlefield 3 ontem, o beta dele, e joguei Modern Warfare 3. Eu fui na Activision e eles me deixaram jogar. Battlefield pra mim é mais estratégico, vai ser divertido. Eles só te deixam jogar uma fase por enquanto na versão beta. Modern Warfare 3 tem snipers muitos poderosos, letais demais. Na minha opinião, eu amo o Black Ops e vamos ver o que acontece. Não posso dar uma opinião sobre o Battlefield sem jogar ele mais, mas vou escolher o Call Of Duty porque eu curto essa série.

FM: Ao que parece ser o vocalista de uma banda legal te dá varias coisas que ser um apresentador de rádio não te dá. Não acredito que você jogou esses dois jogos. Nem me importo!
M: [risos] Eu sei. Eu sou meio fanboy quando se trata desse tipo de coisa. Eles sabem disso, então me ligam e me chamam pra jogar.

FM: ‘Você quer dar um pulinho aqui e jogar nosso jogo?’ Uh, certo, deixa eu ver a minha agenda… Sim, sim… eu vou dar uma passada aí…
M: Você sabe como é, eles sabem que eu vou falar com vocês e com outras rádios então pra eles eu estou tipo promovendo os jogos deles de graça.

FM: Falando assim fica meio pesado. Muito obrigado por arrumar um tempinho no seu dia pra ligar pra gente. Veremos vocês em pouco mais de uma semana.
M: Certamente. Estamos ansisos pra isso.

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