Durante a turnê do Avenged Sevenfold pelo Mayhem Festival, Johnny Christ se sentou com o Loudwire para falar um pouco mais sobre o Waking The Fallen: Resurrected. Na entrevista você pode conferir algumas lembranças do baixista, é o processo de gravação para os discos do Avenged e o que ele mais gosta sobre estar em turnê. Confira a tradução abaixo.
Johnny, criar uma versão de aniversário para um álbum é como uma viagem em uma máquina do tempo. O que você tinha esquecido sobre você e a banda que você se lembrou enquanto passava por tudo isso de novo?
Ah cara, na verdade foi muita coisa. A maior parte são fatos que você esquece com o tempo. Teve uma vez que estávamos em uma van distribuindo nossos CDs na Warped Tour. Nós tínhamos um EP de duas músicas e estávamos apenas distribuindo para divulgar nosso trabalho. Isso foi durante o ‘Waking The Fallen’ que nós ficávamos andando por aí dando CDs e coisas to tipo. Eu pensei que realmente esse tipo de coisa é muito diferente de onde estamos agora.
Uma edição de aniversário é uma ótima oportunidade para fazer algo realmente especial para os fãs. Que outros álbuns especiais de outras bandas são os seus favoritos e quais outras ideias eles deram para o ‘Waking The Fallen: Resurrected’?
Eu não tenho costume de ouvir muito a edições especiais. As coisas que o Iron Maiden fez antes eu acho que eles fizeram novamente algumas vezes, onde eles fazem material de edições especiais que é muito legal, porque eles dão um pequeno extra, você sabe que eles não estão tentando remasterizar isso. Eu acho que isso é uma das ideias que a gente quis seguir. Você poderá dizer que o disco foi feito para o tempo certo e dentro do orçamento que tinha. O ‘Waking The Fallen’, quero dizer. Nós achamos isso legal, serve para seu propósito e seu tempo. Nós não queremos remasterizar ou nada do tipo. Para dar conteúdo extra, nós colocamos algumas faixas a mais de músicas que eram apenas demos que eventualmente se tornaram músicas do ‘Waking The Fallen’, mas que tinham partes nelas em que você escuta quatro ou cinco músicas diferentes porque nós estávamos escrevendo igual loucos. Então a gente tinha que ir lá e escutá-las. Começamos a escutar essas músicas e transformá-las em músicas mais concisas para criar o álbum. Tem ainda mais riffs lá que a gente não usou na criação do ‘Waking The Fallen’, mas usamos depois no ‘City of Evil’. É meio selvagem.
Johnny, foi difícil e ao mesmo tempo prazeroso rever videos antigos para montar o DVD do ‘Waking The Fallen: Resurrected’ e ver o The Rev neles?
Sim, você sabe, para todos nós. Era um tempo diferente então foi divertido ver todo mundo daquele jeito e obviamente que todas as vezes que vermos algo com o Jimmy é complicado. Você sabe, aos poucos nós vamos melhorando. Faz um tempinho que as coisas começaram a ficar um pouco mais fáceis assim como qualquer pessoa que perde alguém querido e muito próximo sabe que você se sente desse jeito. Mas você descobre que você apenas celebrar isso do que deixar te machucar, então é bem legal ver o The Rev todo vestido de preto e ainda usando maquiagem e coisas do tipo, porque aquela era uma época em que a gente ainda colocava maquiagem e tentando parecer sérios todos vestidos de preto. Agora, isso não é mais o caso. É divertido olhar para trás e ver todo aquele tempo de juventude.
Olhar para trás e ver os lançamentos antigos influenciou a criatividade e a direção da nova música do Avenged Sevenfold?
Eu acho que sim. As coisas que nós tiramos nossas influências em cada passo e como nós estamos nos sentindo naquele momento. Eu digo, sim, nós olhamos para o passado e tem um monte de coisas que amávamos sobre os discos antigos. Nós vamos andando e nós temos um pouco de tempo sobrando até fechar este ciclo, para então começarmos a pensar no que queremos para o próximo disco. Você nunca sabe, definitivamente pode aparecer. Você estará sentado e ficará “Se lembra daquela parte que era nesse estilo? Vamos tentar fazer algo deste tipo de novo”. Nós fizemos muito com essas referencias já.
Johnny, quanto tempo depois que um álbum é lançado que vocês começam a pensar em músicas novas e como é a primeira reunião que acontecem para vocês anotarem essas ideias?
Bom, depois que um disco novo é lançado nós entramos em turnê e ficamos fora por uns dois anos, que não começamos nem a pensar no assunto até que os ciclos estarem chegando ao fim. Quando vamos para a casa e tiramos alguns meses de férias, primeiramente gostamos de discutir o que queremos fazer. Definitivamente nós queremos ter certeza que o quê estamos fazendo é algo que nos orgulhará e algo que estamos inspirados para escrever. Se nós vamos lá e tentamos manufaturar algo então todos nós ficaremos muito tristes.
Sempre tentamos sentar, tomar alguns drinques e citar músicas que alguns dos caras não tenham ouvido ou sugerir algo que gostaríamos de fazer. Essas influencias podem vir de qualquer lugar. Muitas vezes acabam vindo de lugares aleatórios como o hip hop ou R&B, ou, sei lá, as coisas do Mr. Bungle. Aí criamos a sinfonia passando nossa criatividade e reescrevemos de um jeito diferente. Em qualquer ritmo as influencias vêm cada vez de diferentes lugares e você nunca sabe de verdade, então estamos tentando ter certeza de que estamos no lugar certo, então tiramos algum tempo de folga, discutimos, vemos o que queremos atingir com o próximo disso para aí nos inspirarmos.
Que aspecto não musical em estar em turnê faz com que você fique mais agradecido em ter a oportunidade de viver a vida de um músico na estrada?
Sabe, só o fato que estou lá com os meus melhores amigos. Pode soar brega, mas é verdade. Eu estou aqui com os meus melhores amigos, bebendo e me divertindo depois do show. Nós estamos apenas felizes em estarmos juntos e viajando o mundo. Essa parte, por mais cafona que seja, é o que vem depois da música.
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18 de agosto de 2014 at 23:48