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Os 10 álbuns de Metal favoritos do M. Shadows – Parte II

Em entrevista para a Rolling StoneM. Shadows citou seus 10 álbuns de Metal favoritos e contou o significado por trás de cada um deles.
Confira a segunda parte da tradução: (Para ler a primeira parte, basta clicar aqui)

 

Megadeth, ‘Countdown to Extinction’ (1992)
Eu lembro de ouvir KNAC e eles tocaram “Sweating Bullets” e foi tipo: “O que é isso? Esse cara está narrando essa coisa enquanto toca essa música assustadora”, então no outro dia eu comprei o ábum “Countdown to Extinction”.
Enquanto eu ouvia o álbum teve a frase “Fucking Hostile” (Hostil para caralho) e o meu pai ouviu e falou “Você não está ouvindo isso, né? O cara disso ‘Hostil para caralho’.” E eu “Não, não está. É Megadeth, você precisa ouvir!”. E ele ficou “Tá, ok”. No outro dia meu pai voltou “Este álbum é inacreditável!” e começou a comprar os cds do Megadeth.
Era acessível e muito bom, a voz do Dave Mustaine era sinistra, mas no álbum soava tão limpa, perfeita, era ótima.
Conforme fui ficando mais velho, comecei a perceber o quão inacreditável Marty Friedman era naquele álbum. E de novo, voltamos as letras, eu ficava “Isto se conecta comigo, eu entendo isso, eu entendo essas coisas sobre heavy metal”. Toda aquela era me trouxe até aqui, com tantas músicas e álbuns bons.

 

Metallica, ‘Master of Puppets’ (1986)
O “Black Album” foi minha introdução ao Metallica. Eu tinha 12 ou 13 anos naquela época e estava conhecendo música ainda. Eu amei aquele álbum, mas não mudou minha vida necessariamente. Quando eu comecei ouvir todos os álbuns do Metallica, o ‘Master of Puppets’ foi o que me chamou atenção com aquelas letras. Eu nunca tinha ouvido elementos trashs daquele jeito. Eu ouvia muito Slayer naquela época e nunca  um álbum tinha me pegado de jeito como o ‘Master of Puppets’, mesmo eles sendo muito bons. O álbum tinha letras e aqueles elementos trashs que eu nunca tinha ouvido antes. Se eu fosse tocar qualquer coisa para alguém que me perguntasse “O que é Metal?” eu com certeza tocaria o ‘Master of Puppets’.
As progressões e as conexões são brilhantes. Quantas vezes as pessoas tentam fazer aquelas conexões onde tudo vem abaixo, daí vão para caminhos diferentes e ainda tentam voltar. Só que ninguém consegue fazer tão bem quanto a própria música. O álbum tem muita diversidade, o que mantém o interesse nele também. É inacreditável do começo ao fim, é brilhantes, somente.

 

Pantera, ‘Far Beyond Driven’ (1994)
The Rev me apresentou este álbum, já que ele era muito fã de Pantera. Na época que eu ouvi ‘Far Beyond Driven’ eu estava ouvindo muito punk rock, como Bad Religion e NOFX. Quando ouvi a rapidez de ‘Strength Beyond Strength’ e os grooves de ‘Becoming’ e ‘Five Minutes Alone’, o Dime tocando, a voz do Phil e o jeito que ele cantava, que não eram só gritos, ouvi as melodias no meio daquela agressão toda. Eu nunca me arrependi.
Eu sempre gostei mais desse álbum do que dos anteriores, mesmo tendo músicas ótimas como ‘Cowboys’ e ‘Vulgar’. Para mim, Far Beyond Driven tem uma energia imensa e agressão pura e eu sempre amei isso. Sempre achei ele muito foda e tem sido meu álbum favorito do Pantera.
A primeira metade do álbum tem grandes batidas e a segunda metade tem coisas bem interessantes. Minha favorita é ‘Slaughtered’, não tem melodia nesta música, é agressão pura. E a música ‘[Hard Lines,] Sunken Cheeks’ que tem, para mim, o melhor solo que o Dimebag já fez na vida.

 

Queensryche, ‘Operation: Mindcrime’ (1988)
Meu pai me apresentou à este álbum. Um dia estavamos falando de músicas que ele cresceu ouvindo e ‘Operation: Mindcrime’ era um que ele sempre citava. Ele sempre dizia que era ‘o melhor álbum conceitual de todos os tempos’ e um dia eu parei pra ouvir e amei. Eu fiquei “Eles só tem hits, só música boa”.
O álbum tem uma história incrível e foi a primeira vez que eu ouvi o Geoff Tate cantar. Eu achei a voz dele incrível. Era suave, mas com muitas texturas. Fiquei obcecado pelo álbum.
Eu colocaria este álbum e o Scenes From a Memory do Dream Theater no topo da lista. É o tipo de álbum que você pode mostrar para qualquer pessoa, até as que não gostam de metal, que eles vão gostar. São bons e incríveis neste nível.

 

System of a Down, ‘Toxicity’ (2001)
Eu ia bastante à São Francisco para fazer tatuagens e a primeira vez que eu ouvi SOAD foi em uma loja do tatuagem, mas não me impactou. Porém, teve esse dia que o Brian me ligou e disse “Cara, eu acabei de ouvir essa música chamada ‘Chop Suey’ do System of a Down, é inacreditável!”. Quando ele levou o álbum até minha casa eu fiquei perplexo como algo poderia ser tão melódio, esquizofrênico e intenso, tudo junto. Eu pensei “Bom, não tem chance de ter alguma música melhor do que está neste cd”. Então ouvi ‘Prison Song’ e todas as outras e fiquei louco, eu nunca tinha ouvido algo tão esquizofrênico na vida.
Anos depois eu descobri que eles eram muito fãs de Mr. Bungle, que os influenciou muito, então eles adicionaram algo pesado naquilo. Eles tornaram as músicas mais atraente para o público. E eles tem essa vibe de oriente médio também, que eu nunca tinha ouvido antes. Então, nos marcou muito, pois até hoje só ouvimos eles fazendo esse tipo de coisa no Metal e é insano.

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