• Home
  • /
  • Banda
  • /
  • Entrevista Johnny Christ para OÜI FM

Entrevista Johnny Christ para OÜI FM

Durante a passagem do Avenged Sevenfold por Paris, Johnny Christ falou com a rádio OÜI FM sobre a evolução da banda, The Stage, seu tempo no Avenged Sevenfold e os bateristas que passaram pela banda nos últimos anos. Confira a tradução completa.

 

Assim que o Avenged Sevenfold chegou à Paris, a rádio francesa OÜI FM falou com a banda a respeito de seu retorno no AccorHotels Arena e seu último álbum, The Stage, lançado em dezembro 2016. Também foi discutido as relações entre os membros do grupo e sua influência.

OÜI FM: Boa noite Johnny e obrigado nos ceder uma entrevista. A última vez que o Avenged Sevenfold veio para o Accorhotels Arena, foi em 2008, na primeira parte do Iron Maiden. Como é voltar?

Johnny Christ: É bom voltar. Quando vi a casa de show assim que saí do ônibus, muitas memórias vieram à mente. É muito bom ver quando o nome da sua banda é o topo da chamada do pôster do evento, estamos muito felizes. Para essa turnê, estamos com o Disturbed e Chevelle. Nós e o Disturbed saímos em turnê várias vezes, somos velhos amigos.

Nessa turnê, há muitos efeitos de palco. Pode nos contar mais sobre isso?

Quanto mais uma banda cresce mais oportunidades você tem pra fazer seu show crescer. Isso é o que sempre tentamos fazer sem contar que ajuda a fortalecer a identidade visual do álbum. Para essa turnê, deixamos algumas coisas que já fazíamos antes como efeitos pirotécnicos e grandes estruturas. Dessa vez, optamos por esculturas gigantescas e um cubo que se move para melhor se encaixar na ideia de The Stage. Pensamos também que muitos fãs não estão necessariamente nas primeiras fileiras e que eles ainda têm de ver o palco todo. Há outras músicas antigas, como Planets e Acid Rain   que cabem no contexto atual. Nem pensamos nisso no momento que as escrevemos. É até engraçado, pois elas são umas das últimas que compomos na época. Como resultado, parece que estamos resgatando as coisas exatamente de onde as deixamos.

Pode nos dizer um pouco do conceito do álbum The Stage?

 O tópico geral é a reflexão do futuro e o como ele será. Isso nos interessa e começamos a ler livros sobre isso. Não somos cientistas nem experts no assunto, mas gostamos da possibilidade oferecida pela inteligência artificial, viajar para Marte ou outros lugares no universo. Isso nos fez cogitar e também nos inspirar. Há elementos que giram em torno do assunto, tipo The Stage, que fala sobre a história da humanidade. Se você quiser falar sobre burocracia e outros assuntos podem ser ligados a isso.

Com esse álbum, vocês têm um novo baterista, Brooks Wackerman. Pode nos contar um pouco sobre ele?

 Tudo flui muito bem com ele. Nos ajuda muito com composição, ele é alguém que escreve como a bateria. Muito profissional e muito talentoso. Faz coisas que nunca vi antes. Quando o contatamos, deu muito certo logo de primeira e rapidamente ele se tornou um membro.

Como é o Brooks comparado ao outros bateristas?

Rev não era apenas um baterista, ele era nosso melhor amigo, nosso irmão. O que ele escreveu foi maravilhoso. Após sua morte, era impossível simplesmente substituí-lo. Os fãs queriam que continuássemos, então  pegamos o Mike Portnoy. Depois veio o Arin, que era excelente baterista mas a coisa não fluiu na composição. Não foi tão ruim, mas não teve uma conexão. Somos amigos, sempre conversamos.

Pode nos contar um pouco sobre a contribuição para esse álbum?

Depois da morte do Rev e o lançamento de Nightmare, houve uma lacuna muito grande no processo criativo da banda. Então, de Hail to the King, tentei trazer mais elementos na composição, nos riffs e tals.O meu papel na verdade, era basicamente montar tudo pra ajudar a produção. Tive de aprender a usar ProTools, sendo que não sou muito ligado nessas coisas de computadores (risos). Foi longo mas foi prazeroso. Todos opinavam, e assim que conseguíamos avançar. Nunca saímos do estúdio até todos estarem satisfeitos. Se alguém tem algo a dizer, vamos procurar outra coisa então. É nosso jeito de trabalhar desde o primeiro dia.

Você se juntou ao A7X em 2002, então faz 15 anos que vocês estão juntos. O que isso significa.

Nem me toquei que faziam 15 anos ( risos). Somos uma família, eles são meus amigos e irmãos. Quando não estamos em turnê, saímos juntos uma vez que moramos em Huntington Beach. É ótimo ter um projeto com seus melhores amigos e ainda ser bem sucedido com isso. Sempre temos objetivos a alcançar mas chegaremos lá aos poucos.

Conte-nos sobre suas influências como baixista:

Quem realmente me fez querer tocar baixo foi Cliff Burton (Metallica), principalmente naquele música Anesthesia- Pulling Teeth no álbum Kill’em All. Nunca achei que um baixo podia soar daquele jeito! Daí descobri Primus’ Claypools quando assistia MTV com o clipe Wynona’s Big Brown Beaver e pensei “Que porra é essa?” . Peguei o álbum ( Tales from the Punchbowl) e fui fundo no que o Les Claypool estava fazendo e então tentei aprender aquilo…o que era difícil para um iniciante! (risos) Aí fui pro punk rock e lá encontrei coisas legais pra fazer também, como Matt Freeman ( Rancid) ou Fat Mike ( NoFx). Minhas influências vieram de lá, mas com a idade, eu realmente ouço de tudo e então tento incluir nas nossas músicas, independente do estilo.

Comentários do Facebook:

Deixe um comentário

error: Content is protected !!