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Live Nation Germany entrevista M.Shadows e Synyster Gates

Durante a passagem da banda pela Alemanha, a Live Nation Germany – Austria – Switzerland se encontrou com M.Shadows e Synyster Gates para uma entrevista onde eles falaram sobre a nova estrutura de shows do Avenged Sevenfold, quais suas bandas favoritas atualmente, seus rituais e muito mais. Confira os principais trechos traduzidos da entrevista e assista a versão completa (em ingles), clicando aqui.

Quais os primeiros shows que vocês foram?

Synyster Gates: Eu não fui a muitos shows na verdade. Se eu dissesse que fui, estaria mentindo. Mas eu me lembro de assistir muito MTV e quando eu tinha uns 10 ou 11 anos, assisti ao clipe de November Rain pela primeira vez e aquilo foi suficiente para mim.

M.Shadows: Para mim, esses da MTV, era o Van Halen e eu até fazia parte do fã clube. Um dia minha mãe me inscreveu para ganhar um pôster autografado por eles e eu nem sei no que deu, mas ela sempre fala sobre isso. Mas eu costumava ir a muitos shows de punk rock acompanhado do The Rev e íamos assistir shows como do No Doubt ou Reel Big Fish, mas estávamos sempre com nossas camisetas do Slayer. E todo mundo lá ficava dando mosh e fazendo bate-cabeça e a gente nem sabia o que era. E as pessoas ficavam até bravas com a gente, mas no fim nós éramos muito jovens apenas tentando começar mais um bate-cabeça. Nós íamos a muitos shows da cena punk californiana e shows locais.

Para alguém que nunca viu vocês ao vivo ainda, o que vocês diriam para ele? O que tem de tão especial em assistir ao Avenged Sevenfold?

Matt: Eu acho que é o espetáculo. Nós investimos muito na produção dos nossos shows. Vocês têm bandas como o Rammstein que fazem isso. Mas, para nós não há muitas bandas que fazem esse tipo de coisa, são apenas algumas e os artistas pop. Por isso criamos um show para inserir as pessoas dentro do nosso mundo e dar a elas a sensação que todos podem tocar com a gente.  Com essa energia e o espetáculo ao vivo faz com que vire uma grande família e vira uma ótima noite.

Vocês já se tocaram que são rockstars agora?

Syn: Não, eu não acho que isso aconteceu. Acho que o “humano” está muito presente dentro da gente e nós sempre estamos trabalhando para melhorar e nunca terá um final que pensaremos “pronto, chegamos ao topo”.  Eu sempre vou querer criar coisas novas e fazer sempre melhor e melhor e criticar aquilo que fizemos há dez anos.

Antes de entrarem no palco existe algum tipo de ritual que vocês sempre fazem?

Matt: Eu faço aquecimento vocal para preparar a minha voz. Eu fico muito nervoso antes dos shows e eu preciso de meu espaço para me aquecer. Eu canto para aquecer para que na hora que eu chegar lá não aconteça nada.  Todos nós nos preparamos psicologicamente, fazemos nossos aquecimentos e nos alinhamos para que saia tudo do jeito que tem que ser. Sabe, existiam muitas bandas nos anos 80 que apenas subiam no palco e no fim os shows iam ficando piores conforme passavam. E, hoje, se você faz um show ruim ele está todo pela internet e já era.

E sobre a pergunta do rockstar: bom, eu tenho dois filhos e é meio difícil ser um rockstar com duas crianças que você precisa trocar fraldas e ser um pai. Eles nem ligam pra quem você é, porque para eles, você é o pai deles.

Muitas pessoas dizem que dá para saber se um show vai ser bom ou ruim mesmo antes dele começar. O que vocês acham disso?

Matt: Acho que dá para dizer pela reação do público como será o show. E eu também sei dizer por sentir como minha voz está ao longo do dia. Se ela está boa, será um show fácil para sim. E se for um show fácil é um show bom! Se ela não está boa e eu preciso forçar, então acabo me preocupando com o público e é mais difícil. São alguns indicadores que nos dizem como será.

Vocês já erraram feio em algum show?

Matt: Eu me lembro de quando estávamos no começo ainda, uma das nossas primeiras turnês fomos para Denver e eu confundi o nome das cidades, chamando de Detroit. Quando fui saldar o público falei “E aí Detroiveeeeeen”.

Syn: No nosso primeiro show com o Brooks que abrimos para o Metallica, a introdução foi Nightmare. Estávamos subindo no palco e assumindo nossos lugares e o Brooks parecia muito relaxado, o que era bom. Quando eu comecei a tocar, não teve a bateria me acompanhando e foi depois que ele se tocou que estava atrasado e começou a tocar meio afobado. Ele não tinha ouvido e todo mundo ficou “o que foi isso?”.  Só que todos os nossos amigos e familiares que estavam lá acharam que isso aconteceu porque combinamos de pregar uma peça nele, tocando diferente. Ninguém percebeu que ele errou porque acharam que a gente estava zoando com ele.

Na opinião de vocês, qual banda vocês acham que é a melhor atualmente?

Matt: Para mim o Gojira. Eles são ótimos.

Syn: Eu gosto de Volbeat. Eles são muito únicos e trazem muitos elementos clássicos para o seu som.

Vocês tiram influencias dessas bandas para colocar em suas músicas?

Matt: Se eles fazem algo legal que se encaixa com a gente, sim. Eu estava ouvindo Wolfmother e Gojira e pensando que as duas bandas tem as mesmas influencias e pegaram essas influencias e trabalharam da sua maneira. Para mim, o Gojira trouxe algo novo para a mesa e tem muitas coisas que podem ser levadas como influência, como o último álbum do David Bowie por exemplo.

Vocês podem dizer como será a estrutura dos shows agora?

Matt: Quem já viu nossos shows grandes já conhece a produção. Tínhamos um rei gigante, muito fogo e muitos fogos. Agora estamos saindo um pouco disso por causa do conceito do nosso novo álbum que tem mais a ver com o espaço e inteligência. Estamos tentando fugir do script um pouco, daquela coisa metal dos anos 80 e fazer algo diferente e novo que nós ainda não vimos outras bandas de rock fazer. Vamos trazer novos elementos.

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