A PJStar entrevista Synyster Gates

A PJStar.com fez uma entrevista por telefone com o Synyster Gates quando o Avenged Sevenfold fez uma parada em Billings, Montana. Nela ele fala de como a vida dele mudou desde que começou a tocar com bandas de garagem e dos problemas vocais pelos quais está passando M. Shadows. Para ver a tradução clique em

Os membros do Avenged Sevenfold mal tinham terminado o colegial quando gravaram seu primeiro álbum, o “Sounding the Seventh Trumpet,” em Julho de 2001. Desde então, o quinteto californiano não parou, fato que pode ser constatado pelos lançamentos do álbum – “Waking the Fallen” – em 2003, seguido pelo “City of Evil” – 2005 e o “Avenged Sevenfold”, em 2007.

Apesar disso, a agenda lotada da turnê precisou ser interrompida mais cedo este ano, quando a banda foi forçada a cancelar uma série de shows por conta dos problemas vocais enfrentados pelo vocalista M. Shadows. 

Depois de um curto período de descanso, o Avenged Sevenfold – formado pelos integrantes M. Shadows, o guitarrista solo Synyster Gates, Zacky Vengeance – guitarra base, o baixista Johnny Christ e o baterista The Rev – voltou a cumprir com sua agenda de shows, que inclui um concerto terça-feira, a ser realizado Bloomington’s U.S. Cellular Coliseum, e que deve contar, também, com as bandas Buckcherry, Shinedown e Saving Abel.

A caminho do show, falamos com Synyster Gates ao telephone, diretamente de sua parada em Montana.

– Danielle Hatch
Seu pai é o “Guitar Guy”, que recentemente esteve no Peoria Civic Center participando do número de abertura do comediante e ventríloco Jeff Dunham. Suponho que isso significa que você cresceu em uma “família musical”.
Sim! Definitivamente! Antes de ser o “Guitar Guy”, ele costumava ser Brian Haner (ri) e tocar com um bando de gente maluca, como o “Tower of Power”, um monte de bandas de Rhythm and Blues dos anos ’70s, como o “Rose Royce” e mais uma série de pessoas diferentes. Isso quer dizer que ele quase nunca estava em casa e, quando estava, não se separava da guitarra.

Quantos anos você tinha quando começou a tocar?
Sei lá! Eu acho que tinha 9, ou algo assim, mas nunca levei a guitarra a sério até completar 11 anos.

Você tinha acabado de terminar o colegial quando gravou seu primeiro disco com o Avenged Sevenfold. Quais foram as mudanças na sua vida desde que começou a tocar com bandas de garagem?
As coisas estão praticamente iguais. Bom… na verdade, elas estão sim bem diferentes, mas eu não sinto como se tivessem mudado. Tenho muito orgulho do fato de a banda não ter mudado. Ainda somos os mesmos caras que vão pra casa e jantam juntos, bebem juntos, ficam bêbados juntos e fazem as mesmas coisas. Quando compramos nossas casas grandes e legais, fizemos questão de que fossem próximas das casas dos nossos pais. Psicologicamente ainda somos os mesmos, a música é apenas o que fazemos para ganhar a vida.

Qual a diferença entre seus primeiros dois álbums e o que vocês apresentam atualmente? Percebemos que no ultimo CD vocês incorporaram alguns elementos dos quais gostam – como country music e até mesmo Hip-Hop.
Nós só melhoramos muito (ri) e decidimos que não queríamos nos limitar. Se você fica mastigando a mesma coisa… não dá pra ficar fazendo as mesmas coisas e ainda esperar que o resultado continue bom, então quando você decide explorar diferentes estilos musicais, quanto mais doido, melhor! Acredito que todas as diferentes personalidades que compõem a banda são ótimas, ainda que meio excêntricas e fora do normal, então acho realmente legal que todo mundo esteja envolvido com algum gênero musical direfente. Quando nós fazemos hip-hop não temos a intenção de soar exatamente como hip-hop, mas sim uma versão muito bizarra disso. Estou, definitivamente, apaixonado pela idéia de utilizarmos outros estilos musicais, sejam lá quais forem.

Vocês estão trabalhando em algum novo projeto no momento?
Estamos nos concentrando apenas na turnê. Só podemos dar o melhor de nós quando estamos 110% focados na tarefa que temos que realizar e, neste momento, estamos muito animados com a idéia de voltarmos aos EUA, então nos focamos apenas nesses shows.

A banda teve que adiar alguns shows por conta do porque M. Shadows teve problemas vocais. Ele está melhor agora?
Sim! Ele está ótimo! Nós apenas estivemos viajando demais e estava ficando complicado pra todo mundo. Acontece que você pode nos cutucar (Syn e os outros membros da banda) se estivermos de ressaca ou se perdermos uma perna ou coisa assm, mas com ele é diferente… ele realmente tem que estar se sentindo bem. O Shadows só estava cansado – a cada três dias encarávamos 20 horas de vôo, todos nós estávamos sentindo a pressão, mas ele foi o mais afetado por ela.
Eu nunca tinha visto o cara perder a voz. Nós viajamos para o local do show sabendo que as coisas não estavam 100% OK. Ele conseguiu fazer o primeiro show, apesar de não ter sido muito bom, mas acordou no dia seguinte completamente mudo, o que significava que ele tinha forçado demais, por isso decidiu voltar pra casa. Ele ficou rouco por vários dias e seu professor de canto, seu fonoaudiólogo e uma série de outras pessoas recomendaram que ele descansasse a voz por, pelo menos, quatro semanas. Isso fez com que o Shadows andasse pra todo canto carregando uma lousa. Ele não podia falar nem fazer nada, então ficava escrevendo pra gente..

Quer dizer alguma coisa sobre o show que vocês vão fazer?
Mal posso esperar pra ver todo mundo! Vai ser muito divertido e, espero, todos vão se divertir com a gente.