Kerrang!

Avenged Sevenfold
Live in the LBC / Diamonds in the Rough

Rating: KKK
Por: Steve Beebee – Revista Kerrang!

Quando se é uma das melhores bandas de que se tem notícia no mundo, o lançamento de um DVD ao vivo precisa ser realmente excepcional simplesmente para evitar que o público fique desapontado. O “Live in the LBC”, filmado em 10 de abril de 2008 na Long Beach Arena – Califórnia, mostra o Avenged Sevenfold exercitando seus consideráveis músculos, urrando seus sucessos e solando como se estivessem participando de uma guerra santa. O DVD é pura surpresa e deslumbramento feitos música… e está completamente acima dos padrões.

Fãs felizes da música muitas vezes tropeçam em matérias descrevendo certas bandas como “melhor ao vivo que em estúdio”. O A7X certamente faz jus a esse ditado de bêbados. Ainda que seja uma excelente banda em estúdio, seus CDs pouco fazem para preparar as pessoas para a maravilha do caos controlado de seus shows ao vivo. O “Live in the LBC” por si só seria digno de, pelo menos, quatro ou cinco de nossos preciosos “Ks” (a revista Kerrang! usa a letra K como pontuação de votação, de 1 a 5), especialmente se viesse num pacote contendo entrevistas interessantes e vídeos promocionais. Infelizmente, não vem.

O segundo disco na caixa é, comparativamente, uma coleção sem graça de esquisitices pouco ouvidas da banda, alguns poucos covers e duas “alternate versions” de músicas existentes que não tem, realmente, nenhuma motivação de ser. A maior parte desse material foi descartada após a gravação do último álbum da banda e não é preciso ser um PhD para entender o porquê.

“Demons”, “Girl I Know” e “Crossroads” seriam boas o bastante, se viessem de uma banda desconhecida qualquer vinda de algum fim de mundo mas, vindas de uma banda como o Avenged Sevenfold, elas simplesmente não são. O cover da música “Walk” do Pantera, ouvido pela primeira vez no Kerrang!s High Voltage, em 2006, poderia ser mais hostil, enquanto a execução de “Flash of the Blade”, do Iron Maiden – e como ouvido no K!s Maiden Heaven collection, é perfeita – até que eles mudam algumas palavras no refrão. O “remix” do brilhante sucesso “Almost Easy” e a versão “alternativa” da, ainda mais incrível, “Afterlife” soam praticamente idênticas ao original.

O DVD, apesar disso, é uma cavalgada poderosa por uma “setlist” praticamente perfeita. Uma banda de metal no auge de suas forças. Para realizar um show tão grande com poder o suficiente para desnortear os fãs e tirar seu fôlego, seria necessário separar o Monte Kilimanjaro em pedaços (o mais alto da África) e transportá-lo de cidade para cidade.

O desgaste e a preparação envolvidos deixam claro que é muito melhor e mais simples colocar este disco no DVD player, aumentar o volume e balançar a cabeça, como faria um verdadeiro headbanger.

Histórias do Estúdio…

É verdade que o show do DVD está entre os melhores do A7X?
“Está entre os primeiros da lista! Temos sorte de termos chegado a um ponto em que podemos fazer o tipo de show que sempre quisemos e achamos que já era hora de colocar tudo isso num DVD. Tocar para um público tão grande, em nossa terra natal, fez dessa uma experiência muito especial pra nós!”

É difícil ver as gravações de vocês próprios tocando ao vivo?
“Sempre fico procurando pequenos erros ou coisas que eu poderia ter feito melhor. Você sempre quer que as músicas soem o mais parecidas possível com as que estão no disco, mas sempre tem as pessoas que gostam do som mais cru que acaba vindo como resultado de tocar ao vivo. Queremos fazer de cada show um espetáculo à parte, já que aqueles diante de nós são nossos fãs e queremos dar pra eles tudo aquilo que eles vieram buscar.”

Por que lançar músicas (no CD bônus) que vocês originalmente rejeitaram?
“Queríamos mostrar para nossos fãs que, às vezes, fazemos umas merdas muito grandes. Não. Estou brincando. Aquelas são músicas que não entraram no nosso último CD porque, evidentemente, não eram boas o bastante ou não combinavam com o estilo do álbum. Dito isso, várias daquelas músicas são interessantes, cheias de solos complexos de guitarra, então vale a pena ouvir! Estamos usando isso, também, como uma apresentação para o nosso próximo CD – que será muito mais visionário e criativo.”

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